São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2007

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memória

Período foi crítico para a Guerra Fria

DA REDAÇÃO

O período que vai de 1959 a 1973 -intervalo nos documentos da CIA- foi marcado por alguns dos momentos de maior tensão da Guerra Fria. Em 1959, a Revolução Cubana e a ascensão de Fidel Castro ao poder estabeleceram uma cabeça-de-ponte socialista nas Américas, região que os EUA consideravam sua área de influência desde o século 19 .
"Não é à toa que a CIA abriu os documentos a partir de 1959, que é um divisor de águas para a política externa norte-americana para a América Latina", diz Mary Junqueira, professora do Departamento de História da USP. "Os EUA não podiam permitir uma outra Cuba no continente. Foi por isso que Kennedy (1961-63), cuja diretriz da política para a América Latina era apoiar governos reformistas, apoiou ditadores."
A Crise dos Mísseis, ápice da Guerra Fria, também ocorreu nessa época, em 1962, e foi desatada quando os soviéticos instalaram mísseis nucleares em Cuba. Quando os EUA descobriram, ameaçaram atacar a ilha e a URSS.
"Outro divisor de águas foi 1968, quando outra guerrilha, o vietcong, entrou em evidência com a Guerra do Vietnã", diz Junqueira. Movimentos de contestação atingem o auge nos EUA. "É também quando ocorrem as guerras de libertação nacional na África e na Ásia, e havia um grande temor dos EUA de que esses países se alinhassem à URSS", diz. (RENATA SUMMA)


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