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memória
Período foi crítico para a Guerra Fria
DA REDAÇÃO
O período que vai de
1959 a 1973 -intervalo
nos documentos da CIA-
foi marcado por alguns
dos momentos de maior
tensão da Guerra Fria. Em
1959, a Revolução Cubana
e a ascensão de Fidel Castro ao poder estabeleceram uma cabeça-de-ponte
socialista nas Américas,
região que os EUA consideravam sua área de influência desde o século 19 .
"Não é à toa que a CIA
abriu os documentos a
partir de 1959, que é um
divisor de águas para a política externa norte-americana para a América Latina", diz Mary Junqueira,
professora do Departamento de História da USP.
"Os EUA não podiam permitir uma outra Cuba no
continente. Foi por isso
que Kennedy (1961-63),
cuja diretriz da política para a América Latina era
apoiar governos reformistas, apoiou ditadores."
A Crise dos Mísseis, ápice da Guerra Fria, também
ocorreu nessa época, em
1962, e foi desatada quando os soviéticos instalaram mísseis nucleares em
Cuba. Quando os EUA
descobriram, ameaçaram
atacar a ilha e a URSS.
"Outro divisor de águas
foi 1968, quando outra
guerrilha, o vietcong, entrou em evidência com a
Guerra do Vietnã", diz
Junqueira. Movimentos
de contestação atingem o
auge nos EUA. "É também
quando ocorrem as guerras de libertação nacional
na África e na Ásia, e havia
um grande temor dos EUA
de que esses países se alinhassem à URSS", diz.
(RENATA SUMMA)
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