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São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Ofensiva mata idoso

Israel ataca em Gaza e captura dois em UTI

Nikola Solic/Reuters
Palestinos protestam próximo a carro atacado ontem em Gaza


DA REDAÇÃO

Israel acelerou ontem sua campanha militar contra extremistas palestinos, com um ataque com mísseis disparados de um helicóptero contra um carro que levava três membros do grupo terrorista Hamas na faixa de Gaza. Os três escaparam, mas um vendedor de canos d'água de 65 anos que estava no local foi morto. Outras 26 pessoas ficaram feridas, entre eles cinco crianças, segundo equipes médicas.
O ataque ocorreu poucas horas após soldados de Israel invadirem um hospital na Cisjordânia e capturarem dois membros do grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa que estavam internados na UTI do local.
Desde a terça-feira passada, quando um terrorista se explodiu em um ônibus em Jerusalém, matando 21 pessoas, sete extremistas palestinos já foram mortos em ações militares de Israel.
A escalada de violência provocou a paralisação das negociações para a implementação do plano de paz para a região patrocinado pelos EUA. Israel acusa a ANP (Autoridade Nacional Palestina) de não desarmar os grupos terroristas, como prevê o plano. A ANP diz não ter como agir se Israel não suspender suas ações.
O premiê palestino, Mahmoud Abbas (mais conhecido como Abu Mazen), alega ainda não poder usar a força contra os grupos terroristas, sob pena de gerar uma guerra civil entre os palestinos.
Poucas horas antes do ataque em Gaza, dois palestinos foram levados de um hospital onde estavam internados. Soldados disfarçados de árabes invadiram o hospital Raffidiyeh, confinando enfermeiras e médicos em algumas salas e quebrando uma porta que levava à UTI. Os dois fugitivos -um deles supostamente responsável por um ataque que matou um israelense em um supermercado no dia 12 de agosto- foram levados em suas camas para ambulâncias militares do lado de fora do hospital e, de lá, a um hospital israelense.
Israel diz não ter outra opção a não ser caçar os supostos terroristas. Mazen, frustrado pela insistência do presidente da ANP, Iasser Arafat, em controlar suas forças de segurança, acusa Israel de tornar seu trabalho ainda pior.

Com agências internacionais

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