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VENEZUELA
Chávez e oposição elogiam escolha do conselho que decidirá sobre a votação
Formado órgão para avaliar referendo
DA REDAÇÃO
O Supremo Tribunal de Justiça
(TSJ) da Venezuela anunciou ontem a indicação dos novos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão que deve decidir se aceita o pedido da oposição
para um referendo sobre o mandato do presidente Hugo Chávez.
A designação dos cinco membros do CNE, que tomam posse
na sexta-feira, foi elogiada tanto
pela oposição quanto pelo governo. Chávez disse que a designação
do órgão é "bem-vinda" e pediu
"respeito" às suas decisões.
O novo CNE terá de decidir agora se as mais de 3 milhões de assinaturas recolhidas pela oposição
para pedir um referendo para revogar o mandato de Chávez são
válidas. A atual Constituição, promulgada pelo próprio Chávez, em
1999, prevê a convocação de um
referendo -para isso, são necessárias as assinaturas de 20% dos
eleitores (2,5 milhões de pessoas).
O referendo só pode ser pedido a
partir da metade do mandato do
presidente -marco atingido na
semana passada.
Apesar de a oposição ter entregado 3,2 milhões de assinaturas
pedindo o referendo, na semana
passada, o governo argumenta
que elas não são válidas por ter
havido fraude no seu recolhimento, porque o abaixo-assinado foi
feito no início do ano, antes do
cumprimento da primeira metade do mandato, e porque as assinaturas pedem a renúncia de
Chávez, não o referendo.
"O TSJ designou o CNE. Bem-vindo seja o árbitro, o qual todos
respeitaremos. Peço ao país respeito ao árbitro", disse Chávez.
O TSJ indicou os membros do
CNE após um impasse que vinha
se arrastando desde o início do
ano entre o governo e a oposição
para a conformação do órgão. A
atribuição das indicações era da
Assembléia Nacional, mas nenhuma das duas partes tinha os
dois terços de votos necessários
para as indicações.
Com agências internacionais
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