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Ataques durante marcha xiita
deixam pelo menos 74 mortos
DA REDAÇÃO
Uma marcha pacífica que marcaria, ontem, a celebração do
acordo de paz em Najaf acabou
com pelo menos 74 mortos após
uma série de ataques visando as
dezenas de milhares de xiitas que,
a pedido do grão-aiatolá Ali al Sistani, convergiram para a região.
Os ataques ocorreram em Najaf,
cidade no sul do Iraque que concentra os principais templos do
xiismo e que se tornou maior foco
de tensão do país, e na vizinha
Kufa. Na primeira, pelo menos 15
simpatizantes de Al Sistani foram
mortos e 65 foram feridos. Segundo testemunhas, atiradores abriram fogo contra policiais que tentavam controlar a multidão, que,
por sua vez, reagiram a tiros.
"De repente, homens armados
se juntaram ao nosso grupo e começaram a atirar contra os policiais, e os policiais responderam
atirando para tudo quanto é lado", disse à agência Reuters de
notícias Hazim Kareem, um dos
feridos levado a um hospital local.
Um funcionário do estabelecimento afirmou que o necrotério
ali estava lotado.
Em Kufa, a principal mesquita
da cidade foi atacada com morteiros no momento em que centenas
de seguidores do clérigo radical
xiita Moqtada al Sadr se preparavam para ir a Najaf. Pelo menos
27 pessoas morreram. Paralelamente, nas ruas, ao menos 20 fiéis
que já estavam a caminho da cidade sagrada foram mortos a tiros.
Ainda não está claro quem executou os ataques. O comando
americano disse ter suspendido
suas operações na região a pedido
do governo interino iraquiano. O
Ministério da Saúde anunciou
que, até a noite de ontem, havia ao
menos 74 mortos e 315 feridos.
Al Sadr comanda o Exército
Mehdi, milícia que desde o último
dia 5 trava combates diários com
as forças iraquianas e americanas
na região. Al Sistani, o mais respeitado líder xiita do país, foi a
Najaf negociar um cessar-fogo
após tentativas frustradas do governo. Segundo relatos de agências de notícias, as tensões se acalmaram com o anúncio do acordo.
Com agências internacionais
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