São Paulo, quarta-feira, 27 de outubro de 2004

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Grupo de Zarqawi seqüestra japonês

DA REDAÇÃO

Em vídeo divulgado ontem por um site islâmico, o grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi ameaça decapitar amanhã um japonês seqüestrado no Iraque caso o Japão não retire suas tropas do Iraque.
O premiê Junichiro Koizumi descartou ontem a retirada das tropas, mas disse que, se o seqüestro for confirmado, estudará medidas para tentar salvar o refém.
O homem, identificado pela imprensa japonesa como Akio Koda, 24, aparece com cabelos longos e camiseta branca. Não havia informações sobre por que ele estava no Iraque.
"Eles me perguntaram por que o governo japonês quebrou a lei e enviou tropas ao Iraque", disse, em inglês. "Eles querem que o governo e o premiê Koizumi retirem as tropas japonesas do Iraque ou cortarão a minha cabeça."
Em seguida, falou em japonês: "Senhor Koizumi, lamento colocar minha cabeça em suas mãos. Quero voltar ao Japão".
Um seqüestrador leu nota chamando o refém de "elemento ligado às Forças Armadas japonesas".
"Damos ao governo japonês 48 horas para retirar suas tropas do Iraque. Caso contrário, seu destino será igual aos seus predecessores, [o americano Nicholas] Berg, [o britânico Kenneth] Bigley e outros infiéis", disse o seqüestrador, em referência a reféns decapitados pelo mesmo grupo.
Enquanto esse militante falava, outro seqüestrador agarrou o refém pelo cabelo e o obrigou a olhar para a câmera.
O vídeo traz o logotipo Al Qaeda no Iraque, nome recém-adotado pelo grupo de Zarqawi.
Mais de 150 estrangeiros já foram seqüestrados no Iraque. A maioria foi solta após pagamento de resgate, mas ao menos 30 foram mortos como parte da campanha para expulsar as tropas e empresas estrangeiras do país.
Em abril, três civis japoneses foram um dos primeiros estrangeiros seqüestrados no país. Eles foram soltos -há fortes indícios de que o Japão tenha pago resgate.


Com agências internacionais


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