São Paulo, terça-feira, 27 de novembro de 2007

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Presidente diz que povo identificará os "traidores"; governadores chamam greve

DA REDAÇÃO

O presidente da Bolívia, Evo Morales, respondeu ontem aos protestos da oposição contra o projeto da nova Constituição dizendo que o povo identificará os "traidores" da nação.
"Ocupar escritórios do governo não é democracia, desobediência civil não é democracia. Esperamos que o povo boliviano identifique esses traidores, essas pessoas que são contra a nação e querem prejudicar o processo de mudança."
Manifestantes antigoverno protestaram ontem em várias regiões dominadas pela oposição, ocupando prédios estatais e convocando à desobediência civil. No final do dia, líderes políticos e civis dos departamentos (Estados) de Santa Cruz, Tarija, Pando, Beni, Cochabamba e Chuquisaca anunciaram uma greve de 48 horas a partir de amanhã.
Morales fez as afirmações após se unir pela manhã a uma marcha de camponeses até La Paz para apoiar, além da nova Carta, a chamada Renda Dignidade, que prevê o pagamento de um bônus mensal de cerca de US$ 25,8 dólares aos maiores de 60 anos.
A Renda Dignidade foi aprovada na última semana pelo Senado, mas com alterações drásticas na proposta de Morales. A Casa não permitiu que o governo financiasse o bônus retirando fundos de um imposto de hidrocarbonetos que é vital para os departamentos.
À noite, manifestantes governistas atacaram as sedes em La Paz de três emissoras de TV: Unitel e PAT, que pertencem a empresários de Santa Cruz, e ATB, do grupo espanhol Prisa.


Com Efe e France Presse


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