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Presidente diz que povo identificará os "traidores"; governadores chamam greve
DA REDAÇÃO
O presidente da Bolívia, Evo
Morales, respondeu ontem aos
protestos da oposição contra o
projeto da nova Constituição
dizendo que o povo identificará
os "traidores" da nação.
"Ocupar escritórios do governo não é democracia, desobediência civil não é democracia. Esperamos que o povo boliviano identifique esses traidores, essas pessoas que são contra a nação e querem prejudicar
o processo de mudança."
Manifestantes antigoverno
protestaram ontem em várias
regiões dominadas pela oposição, ocupando prédios estatais
e convocando à desobediência
civil. No final do dia, líderes políticos e civis dos departamentos (Estados) de Santa Cruz,
Tarija, Pando, Beni, Cochabamba e Chuquisaca anunciaram uma greve de 48 horas a
partir de amanhã.
Morales fez as afirmações
após se unir pela manhã a uma
marcha de camponeses até La
Paz para apoiar, além da nova
Carta, a chamada Renda Dignidade, que prevê o pagamento
de um bônus mensal de cerca
de US$ 25,8 dólares aos maiores de 60 anos.
A Renda Dignidade foi aprovada na última semana pelo Senado, mas com alterações drásticas na proposta de Morales. A
Casa não permitiu que o governo financiasse o bônus retirando fundos de um imposto de hidrocarbonetos que é vital para
os departamentos.
À noite, manifestantes governistas atacaram as sedes em
La Paz de três emissoras de TV:
Unitel e PAT, que pertencem a
empresários de Santa Cruz, e
ATB, do grupo espanhol Prisa.
Com Efe e France Presse
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