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INDONÉSIA
Mais de 400 pessoas já morreram em conflito étnico
Forças de segurança da Indonésia brigam entre si na ilha de Bornéo
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
As forças de segurança indonésias enviadas ontem para tentar
controlar a violência étnica na ilha
de Bornéo começaram a lutar entre si, enquanto milhares de refugiados desesperados tentavam
deixar a região em direção à ilha
de Java ou à ilha de Madura.
Mais de 400 imigrantes da ilha
de Madura já foram assassinados
pelos nativos dayaks desde o início dos confrontos, há cerca de
dez dias. Os dayaks afirmam que
os imigrantes estão tomando conta da região, em detrimento dos
moradores originais.
Na cidade de Sampit, centro dos
principais confrontos, soldados e
policiais trocaram tiros entre si na
zona portuária, segundo o prefeito da cidade, Wahwudi Anwar.
Um refugiado morreu no fogo
cruzado, e cerca de dez militares e
policiais ficaram feridos.
O motivo dos choques não ficou
claro. Mas, em meio à retirada
caótica da ilha, muitos refugiados
disseram que tanto os soldados
quando os policiais estavam exigindo pagamento para permitir
seu embarque.
Um navio de passageiros com
capacidade para 5.000 pessoas
zarpou ontem em direção ao porto de Surabaya, na ilha de Java, a
poucos quilômetros de Madura.
Uma segunda viagem foi suspensa por causa dos tiroteios.
O chefe da polícia nacional disse
que seus agentes tomaram um
hotel que os guerreiros dayaks
utilizavam como quartel, prenderam 84 pessoas e apreenderam
centenas de armas brancas.
Os dayaks declararam vitória
após uma campanha de dez dias
para expulsar os madureses da região. Ontem, praticamente não
havia mais madureses em Sampit.
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