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ORIENTE MÉDIO
Um terço dos palestinos ganha US$ 2 por dia
ONU pede ajuda para combater fome nos territórios palestinos
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas
(PMA) pediu ontem ajuda internacional urgente para milhares de
palestinos ameaçados pela fome.
Segundo comunicado da entidade, "centenas de milhares de
pessoas nos territórios palestinos" estão "desamparadas por
causa do conflito na região".
O PMA iniciou uma operação
de emergência para a distribuição
de alimentos.
A economia palestina, altamente dependente de Israel, sofreu
um duro golpe quando, em reação à nova Intifada (levante iniciado em setembro), o governo israelense impôs um bloqueio econômico sobre os territórios palestinos. Um dos efeitos foi o desemprego (60% na faixa de Gaza e
40% na Cisjordânia), já que cerca
de 120 mil trabalhavam em Israel.
"As pessoas não conseguem
comprar produtos de primeira
necessidade, pois já se foram todas as suas economias", informou a ONU. De acordo com a organização, quase um terço dos
palestinos em Gaza ou na Cisjordânia está vivendo com menos de
US$ 2 por dia, e as perdas já somam US$ 1,1 bilhão.
Três israelenses ficaram feridos
em emboscada ao norte de Jerusalém e um palestino foi morto
perto de Ramallah ontem.
Ao menos 334 palestinos, 13
árabes israelenses e 61 judeus israelenses morreram na atual onda de violência.
O premiê eleito de Israel, Ariel
Sharon, que anteontem garantiu
o apoio do Partido Trabalhista a
seu governo, voltou a exigir ontem que o líder palestino Iasser
Arafat condene publicamente a
violência para retomar o diálogo.
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