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TERROR
6 são muçulmanos americanos
Juiz dos EUA acusa 11 de complô terrorista
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Um juiz federal de Alexandria,
perto de Washington, acusou ontem 11 muçulmanos (seis dos
quais cidadãos americanos) de
conspiração terrorista contra países com os quais os EUA mantêm
relações diplomáticas estáveis.
Os indiciamentos levaram à prisão de pelo menos oito acusados
de ter laços com a rede Lashkar-e-Taiba, um grupo separatista da
Caxemira considerado terrorista.
Eles foram detidos em Maryland,
Virgínia e Pensilvânia.
O FBI informou que as buscas
nas casas dos detidos resultaram
na apreensão de armas, "literatura extremista" e "manuais de terrorismo" que teriam sido baixados da internet.
Em seu despacho, o juiz alegou
que um dos acusados teria dito a
outros indiciados que lutar contra
as tropas americanas no Afeganistão equivaleria a "uma guerra
santa para os muçulmanos" e que
os mortos seriam "mártires".
Em comum entre alguns dos indiciados, segundo relatos das TVs
CNN e NBC, há o fato serem muçulmanos e frequentarem um
centro islâmico na Virgínia comandado por Ali al Timini, conhecido por ter incitado os muçulmanos da região de Washington, após o 11 de Setembro, a voltar a seus países de origem.
A rede NBC informou ainda
que os detidos participavam regularmente de atividades em
campos de paintball.
Em documentário da NBC, um
dos entrevistados, Hammad Abdur-Raheem, preso ontem, afirmou que vinha sendo perseguido
pelo FBI (polícia federal americana) por praticar o paintball.
"Se brinco sem ser muçulmano,
estou apenas me divertindo. Se
brinco sendo muçulmano, estou
treinando para ser terrorista",
disse Abdur-Raheem.
Segundo o FBI, as detenções
ocorreram baseadas em uma lei
de 1935, a Lei da Neutralidade,
que impede que cidadãos americanos participem de hostilidades
contra países em paz com os
EUA.
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