DA REDAÇÃO

O egípcio Ayman al Zawahiri, número dois da Al Qaeda, o porta-voz da organização, Suleimán Abu Ghaith, e um dos filhos de Osama bin Laden estariam entre os membros da rede terrorista detidos no Irã, segundo a TV árabe por satélite Al Arabiya, de Dubai.
Na Arábia Saudita, as autoridades pediram que todos os suspeitos de envolvimento nos atentados de Riad -que mataram 34 pessoas, entre elas oito americanos e nove terroristas suicidas, em maio-, se entregassem.
O apelo foi feito um dia após a rendição de Ali Abdulrahman al Faqa'asi al Ghamdi, acusado pelos EUA de ter sido um dos planejadores da ação em Riad, atribuída à rede Al Qaeda, responsável pelo 11 de Setembro.
Ghamdi era o terceiro na lista de 19 suspeitos. Ele seria especialista em explosivos e teria pouco menos de 30 anos. Segundo funcionários americanos, Al Ghamdi foi capturado. Mas fontes sauditas disseram que ele se rendeu.
A notícia da prisão de Al Zawahiri, se confirmada, teria grande importância na guerra contra o terrorismo, já que ele é considerado o segundo na hierarquia da Al Qaeda, abaixo apenas de Osama bin Laden.

Questão diplomática
Citando "fontes diplomáticas ocidentais", o canal Al Arabiya afirmou que a visita do chanceler britânico, Jack Straw, a Teerã na próxima semana deverá tratar essencialmente dessas prisões. Não houve confirmação por parte dos governos envolvidos.
Na última segunda-feira, o governo iraniano divulgou que alguns membros da Al Qaeda detidos no país haviam sido identificados, mas não revelou seus nomes ou seu grau de importância.
Desde o final da Guerra do Iraque, o Irã vem sendo alertado pelos EUA de que não deve abrigar membros da Al Qaeda fugidos do Afeganistão ou, eventualmente, do próprio Iraque. O Irã, que nunca teve proximidade ideológica com a Al Qaeda, negou, mas, semanas depois, confirmou ter prendido membros da rede.