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Reforma da Carta mimetiza modelo da Alba
DO ENVIADO A TEGUCIGALPA
Ao propor a convocação de
uma Assembleia Constituinte, o presidente hondurenho,
Manuel Zelaya, trilha o mesmo caminho de outros países
da Alba (Aliança Bolivariana
para os Povos de Nossa América), o bloco esquerdista liderado pelo mandatário venezuelano Hugo Chávez ao
qual Honduras se filiou no
ano passado.
Os aliados Chávez, Rafael
Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) convocaram
Assembleias Constituintes,
todas dominadas por forças
políticas governistas.
Nos três casos, foi introduzida a possibilidade da reeleição. Na Venezuela, um referendo em fevereiro deste
ano aprovou uma nova alteração -agora, o presidente
pode se recandidatar sem limite de mandato.
Na Nicarágua, o presidente Daniel Ortega tem afirmado que está disposto a mudar
a Constituição para poder
tentar a reeleição, em 2011.
Outro país do bloco, Cuba, é
uma ditadura comunista
desde 1959.
A entrada de Honduras na
Alba representou uma forte
reorientação diplomática do
país, um dos mais tradicionais aliados de Washington
na América Central.
Durante a Guerra Fria, a
região sofreu com ditaduras
direitistas apoiadas pelos governos americanos e guerras
civis protagonizadas por
guerrilhas de esquerda.
Na atual crise, a aproximação de Chávez com Zelaya e
as constantes ofertas de
apoio do presidente venezuelano têm gerado fortes
criticas da oposição, que acusa a Venezuela de ingerência
em assuntos internos hondurenhos.
"Nós estamos aqui, como
soldados, às ordens de Honduras, apoiando as mudanças que vocês achem que precisam realizar", disse Chávez, anteontem em manifestação de apoio a Zelaya.
(FM)
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