São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

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Questionário para obter visto é 'humilhante', relatou Amorim

DE BRASÍLIA

O tratamento dado a turistas brasileiros pelos EUA nos consulados e na imigração foi tido como "inadequado" e "degradante" pelo Brasil.
Despacho do gabinete do então chanceler Celso Amorim, hoje ministro da Defesa, definiu como "inadequado" o tratamento e "motivo de humilhação" os questionários para obtenção de visto.
Transmitido à embaixada em Washington em outubro de 1994, o documento relata um encontro em Brasília com o embaixador norte-americano Melvin Levitsky que, na ocasião, admitiu que problemas aconteciam porque os EUA desconfiavam do Brasil -segundo ele, país com grande número de portadores de documentos falsos, só atrás de México e El Salvador.
O argumento não convenceu o ministro brasileiro que, segundo o telegrama, reagiu: "mesmo em casos especiais, como os de autoridades e funcionários do governo em viagens a serviço, era muito difícil contar com a boa vontade do serviço consular".
Em 2000, foi chamado de "degradante" o tratamento dado ao diplomata brasileiro, algemado e detido em cela após dizer, em tom jocoso, que o embrulho que levava era uma bomba. Há relatos de brasileiros, com vistos, que foram barrados e presos.
Em 1993, o consulado brasileiro em Miami protestou contra perguntas "ridículas" do formulário e sugeriu usar a reciprocidade diplomática.


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