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Executivas polarizam disputa californiana
Meg Whitman, ex-eBay, tenta o governo do Estado, e Carly Fiorina, ex-Hewlett-Packard, é candidata ao Senado
Republicanas usaram
suas fortunas pessoais
para pagar campanhas,
porém estão atrás nas
pesquisas eleitorais
FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES
Duas mulheres de negócios que lideraram empresas
poderosas do Vale do Silício
estão gastando suas fortunas
pessoais para conseguir se
eleger na Califórnia, o Estado
mais populoso dos EUA.
A bilionária Meg Whitman, ex-presidente-executiva do site de leilões eBay,
quer ocupar o cargo do colega republicano Arnold
Schwarzenegger, há dois
mandatos no governo.
Carly Fiorina, ex-presidente-executiva da Hewlett-Packard tenta a vaga no Senado
ocupada desde 1993 por Barbara Boxer, democrata popular na região.
Ambas estão atrás de seus
principais oponentes nas
pesquisas eleitorais.
Whitman já colocou US$
140 milhões (R$ 240 milhões)
na campanha, um recorde
para um candidato americano gastando do próprio bolso
e o suficiente para comprar
dois pedaços de pizza para
cada casa da Califórnia, segundo um jornal local.
"Políticos de carreira e
Washington, cuidado! Vocês
vão enfrentar o seu pior pesadelo: duas executivas do
mundo real que sabem como
criar empregos, cuidar de orçamentos e fazer acontecer",
disse Whitman em discurso.
Fiorina investiu U$ 6,5 milhões (R$ 11 milhões) de sua
conta pessoal na campanha.
Ela é mais conservadora que
Whitman, além de ser contra
o aborto e o casamento gay.
Ela ficou um dia hospitalizada nesta semana para tratar de uma infecção, decorrente de um câncer de mama.
A plataforma de Whitman,
que pagou US$ 90 mil para
um estrategista político, promete pelo menos dois milhões de empregos no setor
privado, redução de impostos para as empresas e um
corte drástico dos gastos do
Estado de até US$ 15 bilhões.
A Califórnia tem a oitava
maior economia do mundo,
na frente do Brasil, com PIB
de US$ 1,7 trilhão em 2009.
Porém, os últimos governadores não conseguiram fazer muito devido a uma Assembleia Legislativa que demonstra pouca vontade em
sanar o deficit orçamentário
de mais de US$ 20 bilhões e
uma taxa de desemprego de
12% por ano.
ACUSAÇÕES
O oponente de Whitman,
54, é o democrata Jerry
Brown, 72, que estudou para
ser padre, mas virou advogado e se elegeu governador da
Califórnia nos anos de 1970.
Ele é o procurador-geral do
Estado e lidera as pesquisas,
ajudado pela denúncia de
que o filho de Whitman tem
uma acusação de estupro.
"As duas querem governar
o Estado como se fosse um
negócio, mas atingiram recordes nacionais de gastos",
disse Brown a seus eleitores.
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