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Baath ameaça retaliar EUA se Saddam for executado
Em carta, ex-ditador iraquiano se considera mártir
DA REDAÇÃO
Em mensagem divulgada ontem pela internet, o Baath, partido do ex-ditador Saddam
Hussein (1979-2003), ameaçou
retaliar os EUA caso a sentença
de morte por enforcamento do
ex-ditador seja executada.
Segundo a mensagem, "o
Baath e a resistência estão determinados em retaliar, com
todos os meio e em todos os lugares, para ferir a América e os
interesses dos EUA, se eles cometerem este crime".
O partido sofreu uma dispersão após a queda de Saddam,
em 2003. Autoridades acreditam que o site em que a mensagem foi divulgada tenha como
base o Iêmen, país que hospeda
muitos exilados do Baath.
Em carta de despedida liberada ontem por seu advogado, o
ex-ditador afirma que sua execução será um sacrifício pelo
Iraque e conclama os iraquianos a se unir para lutar contra
as forças norte-americanas.
"Aqui, eu ofereço minha alma a Deus como sacrifício. Se
Deus desejar, Ele a mandará
para o céu com os mártires, ou
Ele adiará isso."
A carta foi divulgada um dia
após Saddam ter seu último recurso negado pela mais alta instância judicial do país, que confirmou que a execução deverá
ocorrer em 30 dias. Saddam foi
condenado à pena capital pela
morte de 148 xiitas na cidade de
Dujail, em 1982.
Segundo as leis iraquianas, o
pedido de execução deve ser assinado pelo presidente e os dois
vice-presidentes do país. Porém, o porta-voz do presidente
afirmou que as assinaturas
nem sempre são necessárias.
Um carro-bomba matou ontem dez civis em um restaurante de Bagdá. O Exército dos
EUA anunciou a morte de mais
três militares norte-americanos. Dois soldados da Letônia
também morreram em um
bombardeio na cidade de Diwaniyah, no oeste do país.
Com agências internacionais
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