São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia testa uso de armas alternativas

DE LONDRES

Diante do aumento do número de crimes com armas de fogo, as autoridades britânicas buscam soluções alternativas no combate ao crime. Há praticamente um consenso entre os policiais de que a criação de rondas armadas poderia piorar a situação, já que os criminosos sentiriam a necessidade de estar igualmente armados.
Segundo o diário londrino "Evening Standard", a Unidade de Desenvolvimento Científico da Polícia vem testando uma série de novos armamentos, de canhões d'água a produtos químicos e tranquilizantes, que dariam aos guardas britânicos a capacidade de neutralizar pessoas sem matá-las ou feri-las gravemente.
Os "tasers", armas que dão choques elétricos, são uma das opções. Eles são uma espécie de revólver capaz de lançar "dardos" que penetram superficialmente na pele da vítima. Ao ser atingida, a pessoa costuma desmaiar em razão da descarga elétrica. Ainda não está claro quais são os efeitos à saúde à médio ou longo prazo desses choques.
A polícia estuda também os efeitos de dispositivos de "desorientação". Em geral, eles atingem suas vítimas com efeitos visuais -luzes ou raios laser capazes de deixá-las tontas ou incapazes de enxergar por período limitado. A contra-indicação ao uso desse tipo de armamento é a alta probabilidade de lesões na retina ou até mesmo cegueira.
A Scotland Yard já tentou desenvolver no passado armas acústicas -com base em ondas sonoras-, mas percebeu que elas poderiam danificar, além do sistema auditivo, órgãos internos das pessoas alvejadas. Outro problema é que elas não podiam ser usadas em ambientes fechados, pois poderiam abalar os próprios policiais ou pessoas inocentes presentes no local.
Se a tendência crescente do uso de armas de fogo persistir, os policiais do Reino Unido provavelmente serão equipados com munição não letal, como balas de plástico ou de borracha.
Os cientistas da polícia do Reino Unido tentam desenvolver novos modelos de munição desse tipo, já que esses projéteis também provocam a morte quando a vítima é atingida na cabeça ou no pescoço. (MS)


Texto Anterior: Criminosos se aproveitam do 11 de setembro
Próximo Texto: O descanso do faraó: Sarcófago roubado volta ao Egito
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.