de Washington

O editor da revista erótica "Penthouse" ofereceu US$ 2 milhões para Monica Lewinsky posar seminua e dar entrevista exclusiva para sua edição internacional mensal.
Em carta a William Ginsburg, advogado de Lewinsky, Bob Guccione oferece a ela o direito de escolher e editar as fotos.
"Penthouse" publicou em 1992 fotos de Gennifer Flowers e em 1996 de Paula Jones, duas outras mulheres que, como Lewinsky, dizem ter tido casos sexuais com Bill Clinton.
Esta é apenas a primeira oferta, de uma provável longa série, que Lewinsky recebe a partir de sua recente celebridade. É tradicional nos EUA que pessoas envolvidas em casos sensacionais ganhem fortunas depois contando suas histórias para revistas, livros e filmes.
Foi assim, por exemplo, com todos os principais personagens do caso O. J. Simpson. Com a única exceção do juiz, todos os demais atores do drama (promotores, advogados, réu e testemunhas) ganharam de US$ 200 mil a US$ 2 milhões por livro editado.
Também foi assim nos casos Gary Hart e Irã-Contras. O "pai de todos os escândalos", Watergate, foi diferente. No início dos anos 70, a cultura da fofoca sensacionalista ainda não estava tão desenvolvida.
Mesmo assim, alguns de seus sobreviventes lucraram com sua celebridade. Como Gordon Liddy, que passou 52 meses preso, mas agora é um astro do rádio, com seu "talk-show" de extrema direita.
(CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA)



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