São Paulo, quinta, 29 de janeiro de 1998

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Direitistas perseguem Clinton

de Washington

Embora a primeira-dama Hillary Clinton tenha citado poucos nomes de possíveis participantes e oferecido quase nenhuma evidência da "conspiração de extrema direita" que, segundo ela, ameaça a Presidência de seu marido, há alguns elos entre personagens do drama que podem tê-la inspirado a fazer essa acusação.
O promotor independente Kenneth Starr faz parte da entidade conservadora chamada Federalist Society e foi nomeado juiz federal pelo presidente Ronald Reagan.
James Moody, o advogado que levou para Starr as fitas que Linda Tripp fez de Monica Lewinsky sobre sua suposta relação com Clinton, também faz parte da Federalist Society, assim como George Conway, um advogado que ajudou a escrever argumentos em favor de Paula Jones levados à Suprema Corte quando esta decidiu que o processo de Jones contra Clinton por assédio sexual deveria ser julgado com ele ainda na Presidência.
Paula Jones tem suas despesas legais pagar por outra entidade conservadora, o Rutherford Institute.
Linda Tripp, que gravou as fitas de Lewinsky, é amiga de Gary Aldrich, o ex-agente da polícia federal que escreveu um livro em que acusou Clinton de escapar da Casa Branca para um hotel em Washington para encontros amorosos.
Hillary Clinton citou os senadores Jesse Helms e Lauch Faircloth como parte da "conspiração" porque eles almoçaram com um dos três juízes da corte federal que nomeou Starr para o cargo de promotor independente na véspera dessa nomeação. Mas os outros dois juízes dessa corte não têm relações com Helms ou Faircloth.
Ela também citou o tele-evangelista Jerry Falwell, que está vendendo fitas de vídeo em que acusa Clinton, sem nenhuma prova, de ter mandado matar adversários políticos em Arkansas. (CELS)



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