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EM BASRA
Ação forçou civis a voltar para a cidade no sul, segundo autoridades militares britânicas
Iraque ataca civis, dizem britânicos
DA REDAÇÃO
Forças paramilitares iraquianas
lançaram morteiros e utilizaram
metralhadoras contra cerca de
mil civis iraquianos que tentavam
sair de Basra, forçando alguns deles a retornar à cidade no sul do
Iraque, segundo autoridades militares britânicas e testemunhas
que estavam no local no momento do incidente.
Militares britânicos aparentemente tentaram revidar os ataques, mas suspenderam a ação
por medo de que os civis ficassem
feridos, de acordo com Emma
Thomas, uma porta-voz das forças britânicas no golfo. Como resultado, alguns civis voltaram para Basra em caminhões. Não se
sabia quantos civis conseguiram
escapar.
Forças britânicas têm cercado a
cidade de Basra, que possui pelo
menos 1,2 milhão de habitantes,
com a esperança de eliminar unidades ainda leais ao ditador iraquiano, Saddam Hussein, e de
abrir caminho para a ajuda humanitária à região.
"Nem um pouco perto"
Ontem, porém, o coronel Chris
Vernon disse que as forças britânicas não estavam "nem um pouco perto" de controlar a cidade, a
segunda maior do Iraque.
Vernon informou que as forças
anglo-americanas subestimaram
o nível de resistência de grupos
leais a Saddam e que os civis de
Basra precisam ser convencidos
de que as forças da coalizão vão
apoiá-los se eles se rebelarem contra Saddam.
Muitos civis iraquianos vêm
deixando Basra todos os dias para
tentar conseguir comida -depois, muitos voltam para casa.
"Nossa interpretação é que aqui
talvez haja os primeiros indícios
de que a população iraquiana está
tentando se livrar do regime do
partido Baath e da milícia", declarou Vernon.
"Claramente, a milícia não quer
isso. Eles querem manter a população ali e atiraram contra ela para
forçá-la a retornar [a Basra]."
Forças iraquianas lançaram
morteiros contra civis que tentavam deixar Basra ontem de manhã. Mulheres e crianças tentaram se proteger em pânico. Alguns civis conseguiram atravessar
uma ponte e deixar a cidade.
Medo
"Eles também estavam com medo de nós", afirmou o tenente-coronel Mike Riddell-Webster.
"Eles não sabem o que está acontecendo, mas estão com mais medo do partido Baath. O regime local na cidade ainda está usando o
medo como o principal instrumento para manter a população
na linha", afirmou o major britânico Lindsay MacDuff.
"Detivemos um homem no bloqueio outro dia que nos disse que,
se nós não o deixássemos fugir
para o sul, ele ou seus familiares
seriam mortos. Tivemos de obrigá-lo a voltar por razões de segurança", afirmou MacDuff.
"Quando nós o vimos novamente, ele estava carregando um
Kalashnikov na linha de frente da
oposição", declarou.
Em ao menos três ocasiões, unidades britânicas disparam contra
tanques iraquianos e veículos
blindados que estavam perto da
cidade.
Autoridades britânicas disseram que se surpreenderam com a
resistência de soldados iraquianos e de paramilitares.
Na quinta-feira, pelo menos 14
tanques T-55 que estavam ao sul
de Basra se dirigindo em direção à
península de Al Faw foram destruídos pela coalizão anglo-americana, por meio de ataques terrestres e aéreos, informaram autoridades britânicas.
Os britânicos afirmam que estão no sul do Iraque para defender os muçulmanos xiitas (maioria no país), que teriam se rebelados nas ruas da cidade contra o
regime de Saddam Hussein no
início da semana. O Iraque negou
que tivesse havido um levantamento. Autoridades do Reino
Unido e dos EUA declaram que
têm esperança de que haja revoltas em Basra.
Com agências internacionais
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