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São Paulo, sábado, 29 de março de 2003

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Muçulmanos fazem protestos contra a guerra

DA REDAÇÃO

A revolta com o ataque dos EUA e do Reino Unido ao Iraque provocou manifestações ao redor do mundo árabe e islâmico após as orações semanais da sexta-feira. Centenas de milhares de iranianos saíram às ruas para denunciar o que eles chamam de "barbarismo de Bush" e "ditadura de Saddam Hussein".
Tanto o governo como a população do Irã, que é persa, têm uma relação ambivalente com a guerra, pois os EUA e Saddam são considerados inimigos do país.
Os manifestantes ontem se juntaram diante da embaixada do Reino Unido e começaram a atirar pedras, quebrando janelas. A polícia atirou para o alto para dispersar a multidão.
O aiatolá Mohammad Yazdi afirmou no sermão, transmitido pela rede de TV estatal do Irã: "As bombas e o uso da força irão trazer democracia e liberdade? Definitivamente, não".
Em Amã, na Jordânia, 3.000 manifestantes foram impedidos pela polícia de protestar diante da embaixada de Israel. Na cidade de Maan, no sul do país, a polícia lançou bombas de gás para dispersar 6.000 manifestantes.
Cerca de 15 mil egípcios marcharam contra a guerra da mesquita de Al Azhar até a parte medieval do Cairo, gritando: "Com nosso sangue e nossa alma resgataremos Bagdá". Muitos carregavam cópias do alcorão. Ao contrário de outros protestos, não houve violência.
O Egito e a Jordânia são aliados dos EUA, mas não apóiam a guerra.


Com agências internacionais


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