|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Navio leva ajuda humanitária a iraquianos
DA REDAÇÃO
Nove dias após o início da
guerra, atracou ontem no porto de Umm Qasr o primeiro
navio de ajuda humanitária para o Iraque. Segundo o ministro britânico das Forças Armadas, Adam Ingram, outros devem chegar "em breve".
O cargueiro britânico "Sir
Galahad" chegou no momento
em que muitos povoados iraquianos já sofrem com falta de
comida e água potável devido à
suspensão do programa de troca da ONU "Petróleo por Comida", há 12 dias, do qual depende a alimentação de 60%
dos iraquianos.
No entanto, as agências humanitárias que atuam na região acreditam que as cerca de
650 toneladas de comida, remédios, cobertores e água fresca trazidas pelo navio, que ainda serão distribuídas, tenham
chegado tarde demais para evitar uma crise humanitária -e
temem que elas nem sequer
cheguem a algumas das regiões
mais necessitadas.
Algumas agências acusaram
as forças de coalizão de prejudicarem a distribuição de itens
de primeira necessidade, e estudam a possibilidade de pedirem uma trégua aos dois lados
para conseguir fazer a entrega
da carga financiada pelo governo britânico. Entre os alimentos doados, há arroz, lentilhas,
óleo de cozinha, extrato de tomate, ervilhas, açúcar, leite em
pó e chá.
A distribuição, a princípio,
será feita por militares e depois
por funcionários de agências
não-governamentais que devem chegar à região dentro de
três semanas.
Além do "Sir Galahad", dois
caminhões kuaitianos carregados de suprimentos chegaram
ontem à cidade fronteiriça de
Safwan. Uma multidão que
aguardava no local esvaziou a
carga em menos de 15 minutos.
Porto minado
O atraso do "Sir Galahad" foi
causado por tempestades e pelo tempo de espera pela inspeção do porto para procura de
minas iraquianas.
O navio foi escoltado por barcos e helicópteros dentro de
um esquema de segurança traçado depois que as equipes de
desarmamento encontraram
seis minas nas últimas 36 horas. A Marinha americana
acredita que ainda pode haver
explosivos no local.
"É bastante provável que [o
ditador iraquiano" Saddam
Hussein tenha minado as
águas para evitar a entrada das
forças da coalizão [anglo-americana]", disse o comandante
Ian Hall, que coordenou as
buscas em um trecho de 65 km
do canal Khor Abdallah, que
tem 180 metros de largura e liga
o golfo Pérsico ao porto.
O capitão não soube dizer, no
entanto, se as minas que sua
equipe de 50 mergulhadores
encontrou foram preparadas
para o atual confronto ou se já
estavam no local desde guerras
anteriores.
Com agências internacionais
Texto Anterior: ONU retoma Petróleo por Comida Próximo Texto: Artigo: Depois da queda de Bagdá, futuro sombrio Índice
|