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São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 2003

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EUA reduzirão presença militar no golfo Pérsico

DA REDAÇÃO

O governo dos EUA planeja reduzir sua presença militar na região do golfo Pérsico no futuro próximo, de acordo com uma afirmação feita ontem pelo secretário da Defesa do país, Donald Rumsfeld.
Ademais, o general Tommy Franks, comandante das forças dos EUA na região, decidiu retirar um centro de operações aéreas da Arábia Saudita, segundo funcionários do governo americano.
Desde o final da Guerra do Golfo, em 1991, autoridades sauditas têm evitado falar muito da presença militar americana em seu país, chegando ao ponto de tentar impedir a veiculação da notícia de que Washington comandou sua guerra aérea ao Iraque, do ditador Saddam Hussein, de um centro de operações situado numa base dos EUA em seu território.
Rumsfeld realiza uma série de visitas a países da região, nesta semana, para discutir com os aliados dos EUA os efeitos da decisão de reduzir a presença militar americana no Golfo. Somente após essas consultas, segundo funcionários do Departamento da Defesa, a decisão final será tomada.
Ele se encontrou ontem com o líder político do Qatar, o xeque Hamad bin Khalifa al Thani, que permitiu que o centro de comando das forças dos EUA na região fosse erigido perto da capital do país, Doha.
"O Iraque era uma ameaça à região. Como essa ameaça desaparecerá, também poderemos reorganizar nossas forças", declarou Rumsfeld após uma reunião com Al Thani e com o ministro da Defesa da Austrália, Robert Hill.
A presença de milhares de soldados americanos na Arábia Saudita, país em que se encontram os dois lugares mais sagrados para os muçulmanos -Meca e Medina-, tem provocado a ira de muçulmanos extremistas.
Trata-se de um dos fatores que motivam o ódio de Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, aos EUA. A Al Qaeda realizou os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, segundo um vídeo de Bin Laden apresentado pelo Pentágono.


Com agências internacionais


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