DA REDAÇÃO

Foguetes caseiros lançados da faixa de Gaza mataram ontem duas pessoas em Israel -entre elas um garoto de apenas três anos. Foi a primeira vez desde o início da Intifada, em setembro de 2000, que um foguete disparado do território matou civis numa cidade israelense (Sderot).
O ataque, reivindicado pelo grupo terrorista palestino Hamas, atingiu a rua onde fica uma escola de educação infantil na cidade no sul de Israel.
O garoto Afik Zahavi morreu quando um foguete explodiu próximo à calçada onde ele estava com a mãe, indo à escola. A mãe está em estado grave.
Do outro lado da rua, Mordechai Yosopov, 49, também foi morto. Várias pessoas ficaram feridas no ataque.
"Quem está cuidando de nossas crianças? Ninguém. essa é a minha mensagem para o primeiro-ministro [Ariel Sharon]", declarou Yitzhak Ohayon, pai de Zahavi. "Era para a gente ir à festa de fim de ano dele na escola amanhã, e agora iremos ao seu funeral."
Tanques israelenses entraram no norte de Gaza. Autoridades das forças de segurança disseram que os tanques farão uma "reocupação prolongada" de algumas áreas dos palestinos para impedir ataques com foguetes contra cidades do lado israelense.
Antes da operação com os tanques, helicópteros israelenses lançaram mísseis na faixa de Gaza, ocupada desde a guerra de 1967, atingindo um prédio e uma oficina metalúrgica no campo de refugiados de Nusseirat, que, segundo Israel, produzem os foguetes Qassam, usados no ataque. Os mísseis também danificaram o terceiro andar de um prédio na cidade de Gaza -onde funcionaria um centro de mídia ligado ao Hamas-, ferindo duas pessoas.
Apesar do aumento da violência, o premiê Ariel Sharon disse que manterá os planos de retirada de Gaza, prevista para o final do ano que vem.