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Seqüestradores matam 2 reféns paquistaneses
DA REDAÇÃO
Dois paquistaneses seqüestrados na semana passada foram
mortos ontem por seus captores,
segundo a rede de TV Al Jazira. O
canal por satélite de Qatar disse
ter recebido um vídeo dos assassinatos, mas afirmou que não o exibirá por ser muito violento.
Segundo o governo paquistanês, eles provavelmente sejam
Raja Azad Khan e Sajjad Naeem.
Em um vídeo anterior, levado
ao ar na segunda-feira, os seqüestradores haviam prometido matar os reféns, prestadores de serviço de uma empresa saudita. Eles
também ameaçaram matar um
motorista iraquiano capturado
com os paquistaneses caso a Al
Tamimi não deixasse o Iraque.
Entretanto, no vídeo entregue ontem à Al Jazira, o grupo afirmou
ter libertado o iraquiano depois
que ele disse desistir do trabalho.
Representantes da Al Tamimi
disseram que tinham compromissos a honrar no país. A empresa presta serviço para a americana
KBR, subsidiária da Halliburton,
que, até 2000, era dirigida pelo vice dos EUA, Dick Cheney.
A onda de seqüestros no Iraque,
que começou em abril e até agora
tem visado principalmente estrangeiros, continuou com a captura de três filhos do governador
da província de Anbar, a mais violenta do país, a oeste de Bagdá.
Segundo a polícia local, os seqüestradores -que podem ser
tanto insurgentes quanto criminosos comuns- invadiram a residência do governador Abdul
Kareem al Rawi, em Ramadi, capturaram três de seus filhos e queimaram a casa. O governador não
estava em casa no momento da
invasão. Nenhuma exigência ou
pedido de resgate foram feitos.
Graças a seus baixos custos e
riscos limitados para os criminosos e à exposição na mídia local e
na internacional, os seqüestros
têm se tornado um dos principais
crimes no Iraque, usados tanto
pela insurgência quanto por criminosos comuns.
Um site na Internet exibia ontem da cabeça de um refém búlgaro decapitado na semana passada
por seus seqüestradores no Iraque. Numa das fotos, um homem
mascarado segurava a cabeça em
frente à bandeira do grupo Tawhid e Jihad, ligado ao terrorista
jordaniano Abu Musab Zarqawi.
Tropa islâmica
Com a intensificação da violência no país, o governo saudita,
principal aliado dos EUA na região, propôs o envio ao Iraque de
uma força militar formada por
países muçulmanos. A sugestão
foi feita após membros do governo receberem o secretário de Estado americano, Colin Powell.
Segundo o chanceler Saud al
Faisal, a proposta está na fase de
"discussões preliminares". Nenhum país islâmico árabe enviou
tropas ao Iraque, e o governo interino já rejeitou ofertas do Egito e
da Jordânia, afirmando que não
quer que países vizinhos interfiram na situação iraquiana.
A Arábia Saudita e o Iraque
anunciaram que reabrirão reciprocamente suas embaixadas, fechadas desde 1991.
Com agências internacionais
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