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GUERRA SEM LIMITES
Segundo autoridades, indiciados operavam a partir do território americano; três estão presos, e um, foragido
EUA acusam 4 árabes de complô terrorista
DA REDAÇÃO
Autoridades americanas acusaram ontem quatro homens de origem árabe de integrarem uma "célula operacional de combate adormecida" (não ativa, mas
pronta para agir quando contatada) que conspirou para apoiar
ataques terroristas dentro e fora dos EUA.
Em um indiciamento revelado em Detroit, os quatro suspeitos
-que operavam a partir do território americano e foram ligados a
um movimento religioso islâmico
chamado Salafiyya- foram acusados de "causar prejuízos econômicos a empresas americanas" e
fornecer armas e outras formas de
apoio a grupos planejando "ataques violentos contra pessoas e
edifícios nos territórios da Jordânia, da Turquia e dos EUA".
Três dos suspeitos indiciados
-um argelino, Farouk Ali Haimoud, e dois marroquinos, Karim Koubriti e Ahmed Hannan-
estão detidos há meses em conexão com a investigação federal sobre os ataques de 11 de setembro
ao World Trade Center e ao Pentágono. O quarto suspeito, identificado apenas como Abdella, está
foragido, disse uma porta-voz do
escritório da Procuradoria do
Leste de Michigan, em Detroit.
Um quinto suspeito foi detido
em conexão com o caso, mas nenhuma acusação contra ele foi especificada no indiciamento.
O indiciamento menciona Osama bin Laden e seus apelos para
que "todos os muçulmanos matem os americanos", mas não estabelece nenhuma conexão direta
entre os suspeitos e o terrorista
que, em vídeo divulgado pelo governo americano, assumiu os
atentados de 11 de setembro.
Os homens, segundo o indiciamento, usavam "formas de comunicação em código" para falar
sobre planos terroristas e estavam
"envolvidos em planos para obter
armas para beneficiar integrantes
do grupo em outros países".
Os três suspeitos presos em setembro de 2001 em Detroit foram
acusados de conspirar para realizar um ataque à base americana
de Incirlik, na Turquia, entre outras ações violentas que, segundo
o indiciamento, seriam parte de
uma "guerra santa global".
"Seus planos envolviam ataques
violentos específicos, incluindo
ataques a uma base aérea americana em Incirlik, Turquia, e um
hospital em Amã, Jordânia", afirmava o indiciamento, citando
planos encontrados em uma
agenda em um apartamento.
Três dos suspeitos teriam discutido em junho de 2001 que "o islã
permitia matar civis inocentes".
De acordo com o indiciamento,
os homens investigaram brechas
na segurança do aeroporto de Detroit e, em uma busca em um
apartamento que alguns deles dividiam, foi achada uma fita de vídeo com imagens da Disneylândia, na Califórnia, e do Hotel e
Cassino MGM, em Las Vegas.
O indiciamento deve ser o primeiro de uma série acusando
americanos de fornecer apoio a
partir do território americano a
grupos terroristas estrangeiros,
como a Al Qaeda, de Bin Laden, e
a extremistas, como o Hizbollah
-resultado de meses de investigações por parte do FBI (a polícia
federal) e outras agências.
Agentes federais acreditam ter
descoberto um amplo esforço de
cidadãos americanos, muitos deles imigrantes, para usar o roubo
de cartões de crédito, o contrabando de cigarros e o desvio de
fundos de caridade para enriquecer grupos terroristas com dinheiro originado nos EUA, disseram fontes no governo à agência Associated Press.
Com agências internacionais
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