São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2000

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GRÉCIA
Tripulantes são acusados
Número de mortos em naufrágio chega a 65

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS


O número de mortos no naufrágio do barco Express Samina, no mar Egeu, subiu ontem para 65, e o capitão e três tripulantes do barco foram transferidos ontem para uma outra ilha e poderão ser processados por homicídio.
A embarcação transportava mais de 500 pessoas quando colidiu, na noite de terça-feira, com um rochedo e afundou. Os tripulantes são acusados de negligência. A imprensa grega e sobreviventes afirmam que eles assistiam a uma partida de futebol no momento do acidente, e há um farol sobre a ilhota rochosa.
Ontem foram encontrados mais dois corpos, totalizando 65 vítimas. Foram resgatadas 448 pessoas, mas ainda há desaparecidos. Acredita-se que entre 525 e 530 pessoas estavam a bordo do Express Samina, mas não se conhece a quantidade exata de passageiros. "Os mergulhadores ainda não entraram no barco para ver se há corpos presos lá embaixo. Não saberemos até que os ventos fiquem menos fortes", disse o ministro da Marinha Mercante.
O mau tempo atrapalhou a retomada das operações de recuperação dos corpos. Ondas e ventos fortes impediram a ação dos dois helicópteros, quatro barcos da Marinha grega, duas embarcações da Guarda Costeira e o navio de guerra inglês envolvidos.
Um promotor foi enviado a Paros, ilha a pouco mais de 3 km do local onde o barco afundou, e avalia a possibilidade de processar os suspeitos por homicídio múltiplo.
Inicialmente, cinco tripulantes haviam sido detidos. O operador de rádio foi liberado, e os restantes foram indiciados e mandados para a ilha de Syros, para onde seguirá mais tarde o promotor.
Outros tripulantes negaram ter recusado ajuda aos náufragos. "Muitos de nós também morreram", disse um deles.
Parentes das vítimas foram ontem a Paros, e 2.000 habitantes da ilha se reuniram no funeral de um pai e de seu filho de 5 anos que moravam no local e morreram no acidente. A mãe sobreviveu.


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