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GRÉCIA
Tripulantes são acusados
Número de mortos em naufrágio chega a 65
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O número de mortos no naufrágio do barco Express Samina,
no mar Egeu, subiu ontem para
65, e o capitão e três tripulantes do
barco foram transferidos ontem
para uma outra ilha e poderão ser
processados por homicídio.
A embarcação transportava
mais de 500 pessoas quando colidiu, na noite de terça-feira, com
um rochedo e afundou. Os tripulantes são acusados de negligência. A imprensa grega e sobreviventes afirmam que eles assistiam
a uma partida de futebol no momento do acidente, e há um farol
sobre a ilhota rochosa.
Ontem foram encontrados mais
dois corpos, totalizando 65 vítimas. Foram resgatadas 448 pessoas, mas ainda há desaparecidos.
Acredita-se que entre 525 e 530
pessoas estavam a bordo do Express Samina, mas não se conhece
a quantidade exata de passageiros. "Os mergulhadores ainda
não entraram no barco para ver se
há corpos presos lá embaixo. Não
saberemos até que os ventos fiquem menos fortes", disse o ministro da Marinha Mercante.
O mau tempo atrapalhou a retomada das operações de recuperação dos corpos. Ondas e ventos
fortes impediram a ação dos dois
helicópteros, quatro barcos da
Marinha grega, duas embarcações da Guarda Costeira e o navio
de guerra inglês envolvidos.
Um promotor foi enviado a Paros, ilha a pouco mais de 3 km do
local onde o barco afundou, e avalia a possibilidade de processar os
suspeitos por homicídio múltiplo.
Inicialmente, cinco tripulantes
haviam sido detidos. O operador
de rádio foi liberado, e os restantes foram indiciados e mandados
para a ilha de Syros, para onde seguirá mais tarde o promotor.
Outros tripulantes negaram ter
recusado ajuda aos náufragos.
"Muitos de nós também morreram", disse um deles.
Parentes das vítimas foram ontem a Paros, e 2.000 habitantes da
ilha se reuniram no funeral de um
pai e de seu filho de 5 anos que
moravam no local e morreram no
acidente. A mãe sobreviveu.
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