JOSÉLIA AGUIAR
DE LONDRES

Os pais de Jodie e Mary, as gêmeas siamesas que nasceram há sete semanas na Inglaterra, desistiram de recorrer à Câmara dos Lordes, última instância da Justiça britânica, para evitar que seja realizada a cirurgia de separação das filhas.
Jodie tem chances de viver, mas Mary vai morrer após a operação. Sem coração nem pulmões, ela só sobrevive porque está ligada à irmã. Se continuarem juntas, a expectativa é que as duas morrerão em cerca de seis meses.
"Os pais acreditam que fizeram o melhor que podiam pelas filhas e que não têm como continuar", disse ontem, o advogado John Kitchingman, que representa a família.
Os pais das gêmeas, católicos praticantes, são contra a cirurgia por motivos religiosos.
A cirurgia, que ainda não foi marcada, pode durar até 18 horas e envolver 22 médicos de diferentes especialidades.


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