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Bam apressa-se para enterrar suas vítimas
DA REDAÇÃO
Em pouco mais de dois
dias, cerca de 20,5 mil vítimas do terremoto de sexta-feira já foram enterradas em
Bam, segundo a emissora estatal de televisão iraniana.
Os cemitérios estão lotados. Em mangas de camisa,
sem suas habituais túnicas
esvoaçantes, os mulás usam
máscaras no rosto para se
protegerem do pó e do odor
forte dos corpos e choram
enquanto cortam as mortalhas e envolvem as vítimas.
Não há tempo para cumprir o preceito islâmico de
lavar cuidadosamente a pessoa antes do enterro. Já envoltos nas mortalhas, os corpos são apenas pulverizados
com desinfetante.
Zinat, 17, não consegue assistir à cena. "Não quero que
meus pais e minhas irmãs
sejam enterrados desse jeito", diz ela, em prantos.
No principal cemitério de
Bam, uma mãe procura seu
bebê de três meses em uma
cova coletiva. "Não quero
abandonar minha família."
Enquanto isso, cinco escavadeiras abrem novas valas.
Ahmad, da equipe de resgate, está preocupado. "Estamos começando a sentir o
cheiro da morte. Se não limparmos a área até o final da
semana, correremos o risco
de epidemias", disse ele.
Com agências internacionais
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