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IRAQUE OCUPADO
Reagindo a onda de ataques, tropas detêm mais de 60 em áreas ao norte de Bagdá e perto da fronteira do Irã
EUA lançam nova ação contra simpatizantes de Saddam
DA REDAÇÃO
Tropas dos EUA apoiadas por
aeronaves e blindados lançaram
uma grande ofensiva contra áreas
de resistência armada iraquiana
ao governo de ocupação ao norte
de Bagdá, bastião de apoio ao regime deposto do ditador Saddam
Hussein.
A mais alta autoridade do governo de ocupação, o americano
Paul Bremer, disse que as tropas
ocupantes sofrerão mais baixas
até que os simpatizantes de Saddam sejam mortos ou capturados. Já o general Tommy Franks,
que comandou as tropas americanas na Guerra do Iraque, disse
que os ataques recentes contra
suas tropas no país não "estragaram a vitória" militar.
As tropas americanas prenderam mais de 60 pessoas e capturaram armas e documentos militares na operação, que incluiu áreas
ao norte da capital até a fronteira
com o Irã. O Comando Central
dos EUA disse ontem que a ofensiva estava ainda em andamento e
que suas tropas não sofreram baixas na operação.
Os EUA anunciaram ainda a
prisão de 15 pessoas e a captura de
armas em Mossul (norte) em ação
contra seguidores de um líder sunita extremista.
No último de uma série de ataques contra as tropas americanas,
um civil iraquiano foi morto e
dois militares dos EUA ficaram
feridos após a explosão atingir um
comboio americano em Bagdá.
Ao menos 22 soldados dos EUA
e seis policiais britânicos foram
mortos em ataques atribuídos a
simpatizantes de Saddam desde
que o presidente dos EUA, George W. Bush, declarou o fim dos
principais combates militares no
Iraque, em 1º de maio. Alguns
analistas afirmam que a disseminação dos ataques e um endurecimento das represálias das tropas
ocupantes podem levar a uma revolta generalizada no país.
Os EUA já perderam mais de
200 soldados desde o início da
Guerra do Iraque, em 20 de março. Do total de mortos, 140 foram
em ações de combate ou em ataques no pós-guerra.
Saddam
Bremer disse à TV britânica
BBC que as chances de capturar
Saddam eram "muito altas". "Pegaremos ele. Acho importante
que ele seja capturado ou morto
por nós", disse ele. Sobre as baixas
recentes, Bremer afirmou que elas
"não são uma ameaça estratégica
à coalizão". Para ele, a detenção
ou a morte de Saddam irá retirar o
estímulo de seus simpatizantes
para seguir combatendo as tropas
da coalizão.
Vários ex-militares que compunham as Forças Armadas de Saddam e agora não recebem mais
salários também ameaçam atacar
as tropas estrangeiras. Eles fazem
protestos quase diários exigindo
pagamento. Ontem, cercaram a
sede militar das forças britânicas
em Basra (sul) exigindo o pagamento de seus salários.
O influente senador dos EUA
Joseph Biden, da oposição democrata, pediu ontem a presença de
uma força multinacional de 60
mil homens para pacificar o Iraque. Ele citou especificamente
França, Alemanha e Turquia.
Os EUA mantêm hoje cerca de
156 mil militares no país, 53 mil
deles só em Bagdá.
Com agências internacionais
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