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Ex-general é
novo problema
para o governo
DO ENVIADO ESPECIAL
A volta do líder oposicionista Lino Oviedo é mais um
foco de instabilidade para o
presidente paraguaio, Nicanor Duarte Frutos.
Empossado no ano passado, ele tem mostrado sinais
de desgaste, como derrotas
na Câmara, uma onda de
greves de servidores públicos e a perda de apoio dentro
de seu partido, o Colorado.
Oficialmente, o governo
paraguaio tem evitado fazer
comentários sobre o caso
Oviedo. "Ele tem pendências
com a Justiça, não é um tema
do governo", afirmou ontem
à Folha o vice-ministro de
Segurança, Eustáquio Colmán Rodriguez.
Já os oviedistas apostam
que seu líder ficará na cadeia
por pouco tempo.
A estratégia de defesa ainda não foi divulgada, mas
deve alegar que a condenação de Oviedo, feita por um
tribunal militar e mantida
pela Corte Suprema de Justiça, é inconstitucional e deve
ser anulada.
Segundo um dos advogados que acompanharam
Oviedo até a prisão, o ex-general, por ter se aposentado,
não poderia passar por um
tribunal militar: "Obviamente, o general Oviedo é
um cidadão civil."
Oviedo diz confiar na nova
Corte Suprema, que recentemente trocou seis dos nove
juízes, após acordo entre governo e oposição.
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