São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2004

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Ex-general é novo problema para o governo

DO ENVIADO ESPECIAL

A volta do líder oposicionista Lino Oviedo é mais um foco de instabilidade para o presidente paraguaio, Nicanor Duarte Frutos.
Empossado no ano passado, ele tem mostrado sinais de desgaste, como derrotas na Câmara, uma onda de greves de servidores públicos e a perda de apoio dentro de seu partido, o Colorado.
Oficialmente, o governo paraguaio tem evitado fazer comentários sobre o caso Oviedo. "Ele tem pendências com a Justiça, não é um tema do governo", afirmou ontem à Folha o vice-ministro de Segurança, Eustáquio Colmán Rodriguez.
Já os oviedistas apostam que seu líder ficará na cadeia por pouco tempo.
A estratégia de defesa ainda não foi divulgada, mas deve alegar que a condenação de Oviedo, feita por um tribunal militar e mantida pela Corte Suprema de Justiça, é inconstitucional e deve ser anulada.
Segundo um dos advogados que acompanharam Oviedo até a prisão, o ex-general, por ter se aposentado, não poderia passar por um tribunal militar: "Obviamente, o general Oviedo é um cidadão civil."
Oviedo diz confiar na nova Corte Suprema, que recentemente trocou seis dos nove juízes, após acordo entre governo e oposição.


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