DA SUCURSAL DO RIO

O relatório da ONU lista as principais rotas do tráfico no mundo e mostra que, em alguns casos, a produção é altamente concentrada em poucos países. O Afeganistão, por exemplo, concentra 86% da produção de ópio.
A Colômbia (50%), o Peru (28%) e a Bolívia (16%) detêm praticamente o monopólio da produção de cocaína, que tem como destino principal os Estados Unidos. No caso do haxixe, somente Marrocos responde por cerca de 80% da produção global, enviada principalmente para a Europa.

Erro
O representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime no Brasil, Giovanni Quaglia, considera um erro tratar a produção nesses países pobres como um problema social.
Ela já trabalhou nos escritórios do Afeganistão e da Bolívia e diz que o cultivo de ópio ou coca não beneficia a população mais pobre. "Quem cultiva essas drogas não são os camponeses pobres. Não é verdadeira a afirmação de que eles são levados a essa atividade por falta de opção. Na Bolívia, por exemplo, apenas 1% das áreas de cultivo são usadas pelos traficantes", diz.
No caso da Colômbia e do Afeganistão, o representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime no Brasil cita a dificuldade desses governos de estabelecer sua autoridade em todo o território como um empecilho para o combate à produção.


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