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Moderado, líder passou 23 anos no Irã
DA REUTERS
O aiatolá Mohammed Baqer al
Hakim, morto ontem na explosão
do carro-bomba em Najaf, era o
líder com mais tempo de exílio no
principal grupo xiita que disputa
o poder no Iraque pós-guerra.
Al Hakim, 63, preferia evitar a
confrontação com as forças de
ocupação americanas e concordou que seu irmão fizesse parte
do Conselho de Governo Iraquiano nomeado pelos EUA.
Numa entrevista à Reuters, em
junho, ele afirmou que a maioria
xiita poderia se virar contra os
EUA caso não fosse dada uma
compensação política pelas décadas de perseguição sob o regime
de Saddam Hussein, um sunita.
"Eles [os americanos] deram a
justificativa de que vieram em nome da libertação, mas agora eles
são uma força de ocupação. Isso é
o que está deixando as pessoas irritadas", disse o aiatolá. "Se as
pessoas perderem a paciência, vai
haver uma baderna social."
Al Hakim, porém, que liderava
o Conselho Supremo para a Revolução Islâmica, afirmou que não
havia necessidade de os iraquianos usarem a força para acabar
com a ocupação americana.
Torturado pelo regime deposto,
abrigado e financiado na formação de uma milícia por líderes
muçulmanos do Irã e cortejado
pelos EUA, o aiatolá havia voltado
de Teerã para Najaf em 12 de
maio, 11 dias depois do final dos
principais combates no Iraque.
Uma das primeiras coisas que
fez ao voltar a Najaf, após 23 anos
no Irã, foi uma prece na mesquita
onde fica a tumba de Ali, o local
que deixava quando morreu.
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