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PERFIL
Campbell, com Blair sempre, era um "vice-premiê"
DA REUTERS
Alastair Campbell, principal assessor de Tony Blair,
era tão vital para o primeiro-ministro que atuava como
um verdadeiro vice-premiê.
O diretor de Comunicação
pediu demissão após quase
dez anos com Blair, em meio
à pior crise política nos seis
anos de governo. A saída era
esperada, mas não agora.
Foi no dia seguinte ao depoimento de Blair no inquérito sobre o caso do suicídio
de David Kelly, no centro de
uma disputa em que Campbell foi acusado pela BBC de
apimentar o dossiê que justificou a Guerra do Iraque.
A principal regra para os
assessores políticos é que
não devem se tornar o centro da história. Com o caso
Kelly, Campbell virou isso.
Sua saída deixa Blair sem
seu conselheiro mais próximo e de confiança - sem
seu homem para a intriga.
Sempre ao lado do premiê,
Campbell era muito mais
que um assessor de imprensa. O jornalista de 46 anos
participava das reuniões de
gabinete, escrevia discursos
de Blair e lapidava a linha de
governo em todos os temas.
Após líderes trabalhistas se
assustarem com o tratamento da imprensa, Campbell
colocava a estratégia com a
mídia em primeiro plano. Isso teve sucesso enquanto o
partido era oposição, mas a
mesma tática no governo gerou acusações de que Blair
era obcecado pelo estilo.
Apesar disso, não havia sinal de que o premiê queria a
saída do assessor, ex-editor
político do tablóide britânico "Daily Mirror" e ex-escritor erótico na França.
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