|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AL QAEDA
Juiz espanhol é criticado por pena a repórter
LEILA SUWWAN
DE NOVA YORK
Pego de surpresa por críticas
contundentes de representantes
da CNN e da Al Jazira enquanto
assistia a um seminário, o juiz espanhol Baltasar Garzón foi constrangido anteontem na Universidade de Nova York a dar explicações sobre a condenação do correspondente da Al Jazira em Madri a sete anos de prisão por envolvimento com a Al Qaeda.
O réu condenado, Taysir Alouni, entrevistou Osama Bin Laden,
em Cabul, cinco semanas depois
do 11 de Setembro.
"Nem sequer leram a sentença",
disse Garzón à Folha. "Ele seria
preso antes mesmo de ir ao Afeganistão em 2001. O delito foi anterior." O jornalista foi condenado pelo crime de colaboração
com organização terrorista. Segundo Garzón, ficou provado que
ele angariou fundos em Granada
e entregou o dinheiro em um
campo de treinamento afegão.
Mas, segundo o analista de terrorismo da CNN, Peter Bergen,
não existiam bancos no Afeganistão. "A única forma de enviar dinheiro é levando em mãos. É um
precedente extremamente ruim
para todos que já entrevistaram o
Bin Laden", disse ele.
Yosri Fouda, chefe da Al Jazira
em Londres, disse que "a militar
que torturou prisioneiros em Abu
Ghraib pega três anos, e um jornalista suspeito de ter uma inclinação ideológica pega sete". Garzón contestou esses argumentos.
Texto Anterior: Imprensa: Repórter do "NYT" é solta após 80 dias presa Próximo Texto: EUA: Senado aprova novo chefe da Suprema Corte Índice
|