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Governo minimiza queda de líder na Câmara
DA REDAÇÃO
A Casa Branca declarou ontem
que o indiciamento do ex-líder do
governo norte-americano na Câmara não terá nenhuma influência na agenda do presidente George W. Bush no restante de seu segundo mandato.
O republicano Tom DeLay está
sendo investigado pela Justiça por
crime eleitoral no Estado do Texas. Pelas normas do partido, ele
teve de se afastar do cargo de representante de Bush na Casa e assim ficará enquanto durar o caso.
Já na tarde de ontem, o presidente norte-americano se reuniu
com líderes republicanos. Segundo o porta-voz Scott McClellan, o
encontro já estava agendado antes da saída de DeLay. McClellan
acrescentou que o governo irá se
concentrar no avanço de temas
importantes.
Roy Blunt, 55, congressista do
Missouri no seu quinto mandato,
foi escolhido como o novo líder
de Bush na Câmara. Logo após o
anúncio, jornais divulgaram que
um comitê político controlado
por Blunt pagou US$ 94 mil desde
2003 a James Ellis, um consultor
político que foi indiciado juntamente com Tom DeLay. O comitê
de Blunt disse que não tinha um
posicionamento sobre o envolvimento do consultor político em
um processo criminal.
A saída de DeLay do posto de
representante de Bush na Casa foi
vista por analistas políticos como
mais um grande revés para o governo, que vem perdendo popularidade com o recrudescimento
da violência no Iraque e com as
falhas nas operações de resgate
durante o furacão Katrina.
DeLay era conhecido pela sua
força entre os congressistas norte-americanos, e seu trabalho foi
considerado importante em votações difíceis que foram vencidas
pelo Executivo. Especialistas prevêem que Blunt vá precisar de
muita habilidade para obter as
maiorias desejadas pelo governo.
Mas a ausência de DeLay no
cargo de líder de Bush na Câmara
vai, para os analistas, permitir que
surja uma afluência de tensões
dentro do Partido Republicano.
Suas atuais composições dentro
do Congresso são vistas como cada vez mais fragmentadas.
É esperado que DeLay atue informalmente como consultor durante votações importantes, por
sua experiência de mais de uma
década na liderança dos republicanos na Câmara.
O ex-líder de Bush afirma que as
acusações levantadas pelo promotor Ronnie Earle, ligado ao
Partido Democrata, tiveram "motivações políticas". Se condenado,
o congressista pode pegar até dois
anos de prisão e ser obrigado a
pagar US$ 10 mil de multa.
De acordo com a ação, US$ 150
mil foram doados por seis empresas (DCS, Sears, Williams, Cornell, Bacardi e Questero) para
uma organização política que, por
sua vez, enviou um cheque de
US$ 190 mil para o Comitê Nacional Republicano do Texas.
A quantia teria sido usada em
despesas de campanha política. A
acusação que pesa sobre DeLay,
no entanto, é de que ele estaria ligado às duas pessoas que organizaram a empreitada.
Com agências internacionais
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