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Sarkozy diz que a violência é coisa da "bandidocracia"
Presidente nega que em subúrbio "o delinqüente seja uma vítima da sociedade"
Para dirigente conservador,
não há crise social por detrás
de vandalismo gerado pela
morte de dois adolescentes,
domingo, ao norte de Paris
DA REDAÇÃO
Em discurso a 2.000 policiais
sobre questões de segurança
pública, o presidente francês,
Nicolas Sarkozy, atribuiu ontem à "bandidocracia" os distúrbios ocorridos entre domingo e terça-feira nos subúrbios
ao norte de Paris.
"Eu refuto toda forma de angelismo que procura encontrar
em cada delinqüente uma vítima da sociedade e em cada ato
de violência um problema social", afirmou.
Disse que as ocorrências no
subúrbio empobrecido de Villiers-le-Bel -jovens queimaram carros e atiraram contra
policiais- "não têm nada a ver
com uma crise social e têm tudo a ver com a bandidocracia
["voyoucratie", em francês].
Os incidentes, provocados
pelo atropelamento de dois
motoqueiros por uma viatura
policial, foram neutralizados a
partir de quarta-feira, com a
mobilização de um pesado dispositivo de segurança.
Popularidade em queda
Pesquisa do instituto TNS-Sofres para o "Figaro Magazine" indicou que pela primeira
vez os franceses satisfeitos com
Nicolas Sarkozy, eleito em
maio, somam menos de 50%.
Em relação a levantamento
idêntico há um mês, ele cai quatro pontos e chega a 49%.
Entre os problemas prioritários apontados na pesquisa estão a alta dos preços, provocada
pelo fortalecimento do euro em
relação ao dólar, e, em segundo
lugar, o desemprego.
Verba universitária
Em entrevista a um canal de
televisão, Sarkozy anunciou
ontem à noite que pretende
vender 3% da estatal de eletricidade, a EDF, para levantar
cerca de 5 bilhões que destinaria às universidades.
Com a decisão, o presidente
francês procura neutralizar
movimento de protesto que em
duas semanas levou à ocupação
de duas dezenas de universidades públicas.
Com agências internacionais
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