São Paulo, sexta-feira, 30 de novembro de 2007

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Sarkozy diz que a violência é coisa da "bandidocracia"

Presidente nega que em subúrbio "o delinqüente seja uma vítima da sociedade"

Para dirigente conservador, não há crise social por detrás de vandalismo gerado pela morte de dois adolescentes, domingo, ao norte de Paris

DA REDAÇÃO

Em discurso a 2.000 policiais sobre questões de segurança pública, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, atribuiu ontem à "bandidocracia" os distúrbios ocorridos entre domingo e terça-feira nos subúrbios ao norte de Paris.
"Eu refuto toda forma de angelismo que procura encontrar em cada delinqüente uma vítima da sociedade e em cada ato de violência um problema social", afirmou.
Disse que as ocorrências no subúrbio empobrecido de Villiers-le-Bel -jovens queimaram carros e atiraram contra policiais- "não têm nada a ver com uma crise social e têm tudo a ver com a bandidocracia ["voyoucratie", em francês].
Os incidentes, provocados pelo atropelamento de dois motoqueiros por uma viatura policial, foram neutralizados a partir de quarta-feira, com a mobilização de um pesado dispositivo de segurança.

Popularidade em queda
Pesquisa do instituto TNS-Sofres para o "Figaro Magazine" indicou que pela primeira vez os franceses satisfeitos com Nicolas Sarkozy, eleito em maio, somam menos de 50%.
Em relação a levantamento idêntico há um mês, ele cai quatro pontos e chega a 49%.
Entre os problemas prioritários apontados na pesquisa estão a alta dos preços, provocada pelo fortalecimento do euro em relação ao dólar, e, em segundo lugar, o desemprego.

Verba universitária
Em entrevista a um canal de televisão, Sarkozy anunciou ontem à noite que pretende vender 3% da estatal de eletricidade, a EDF, para levantar cerca de 5 bilhões que destinaria às universidades.
Com a decisão, o presidente francês procura neutralizar movimento de protesto que em duas semanas levou à ocupação de duas dezenas de universidades públicas.


Com agências internacionais


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