das agências internacionais

Quase dois terços dos chilenos acham que o general Augusto Pinochet é responsável por violações aos direitos humanos ocorridas durante seu governo (1973-90).
Segundo pesquisa do Centro de Estudos da Realidade Contemporânea (Cerc), que ouviu 1.200 chilenos entre 15 e 22 de dezembro, 65% acreditam que Pinochet é responsável pelas violações.
Para 22%, o ex-ditador chileno não é responsável. Segundo dados oficiais, mais de 3.000 pessoas morreram ou desapareceram durante o regime militar.
Para 27% dos entrevistados (em 29 cidades), o ex-presidente passará para a história como "um dos melhores líderes do Chile".
Em setembro, antes de o general ser detido em Londres, 24% tinham essa opinião, de acordo com pesquisa do mesmo instituto.
A variação está dentro da margem de erro, que, segundo o instituto, é de 2,34 pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com 64% dos entrevistados, Pinochet será lembrado como um "ditador". Em setembro, 68% deram essa resposta.
Pinochet está detido em Londres desde 16 de outubro, a pedido da Justiça espanhola, que solicitou ao Reino Unido sua extradição com o objetivo de processá-lo por crimes contra a humanidade (genocídio, terrorismo de Estado e tortura).



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