São Paulo, terça, 31 de março de 1998

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Denúncia de tortura e maus-tratos é comum

da Redação

A tortura e os maus-tratos são práticas comuns nas prisões ou campos de trabalho forçado chineses e, muitas vezes, são responsáveis pela morte dos detentos, denunciou a AI (Anistia Internacional), organização de proteção dos direitos humanos. Não são raros os relatos que, segundo a organização, confirmam as denúncias.
Em relatório, a AI cita o caso de Wang Jingbo, um operário de Pequim detido no final de 1995. Ele foi morto em novembro. A autópsia revelou que Wang tinha doze costelas quebradas e morreu por um derrame causado por golpes.
A polícia afirmou que o prisioneiro havia se envolvido em uma briga com outros detentos.
Outro episódio conhecido é o de Chen Longde, prisioneiro político que saltou do terceiro andar de um prédio em meio a uma sessão de tortura, segundo a AI. Chen foi hospitalizado com lesões graves.
Wei Jingsheng, o mais famoso dissidente chinês, também denunciou maus-tratos.
Wei, libertado em novembro, diz que era frequentemente espancado por outros detentos a mando dos dirigentes da prisão em que estava encarcerado. Wei afirma ainda que as luzes de sua cela nunca eram desligadas.



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