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COLÔMBIA
Grupo condiciona soltura a acordo com governo Uribe
Farc desmentem negociações para a libertação de Ingrid Betancourt
DA REDAÇÃO
A guerrilha terrorista Farc (Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia) desmentiu, em um comunicado na internet, que tenha
negociado a libertação da ex-senadora e ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt com sua família ou com o governo francês e
afirmou que ela só será solta após
um "acordo humanitário" com o
governo colombiano.
No comunicado, divulgado na
noite de anteontem, as Farc dizem
ter recebido "com surpresa" as
notícias de que membros do grupo teriam contactado familiares
de Betancourt ou funcionários do
governo da França com o intuito
de libertá-la. Betancourt, 41, foi
sequestrada pelas Farc em fevereiro do ano passado. O grupo
exige, para libertá-la, uma troca
por guerrilheiros presos.
As notícias sobre as supostas
negociações surgiram há duas semanas, quando a revista brasileira
"Carta Capital" noticiou a presença de um avião militar francês no
aeroporto de Manaus, entre os
dias 9 e 12 de julho. Segundo a revista, os 11 militares e diplomatas
franceses a bordo teriam o objetivo de negociar a libertação de Betancourt, que também tem nacionalidade francesa, com as Farc. O
governo francês negou ter mantido contatos com a guerrilha.
A irmã de Betancourt, Astrid,
disse que havia informado ao governo francês sobre a possível libertação da ex-senadora, após ter
sido contactada por um porta-voz
das Farc, e que o avião que pousou em Manaus tinha uma equipe
médica, para o caso de ela necessitar de auxílio após a libertação.
A filha da ex-senadora, Melanie,
17, acusou ontem a mídia de ter
prejudicado a possibilidade de
sua libertação com a polêmica sobre o avião francês. "A libertação
de minha mãe se tornou um sonho mais distante", disse.
Em seu comunicado, as Farc
afirmam que todas as versões sobre uma possível libertação de Betancourt são "obra da inteligência
militar na cabeça do presidente
Álvaro Uribe, com a finalidade de
enganar as boas intenções humanitárias dos franceses".
Segundo a revista colombiana
"Semana", o suposto acordo das
Farc com o governo francês incluiria a troca de Betancourt por
dinheiro, medicamentos e um
tratamento médico na França a
Raúl Reyes, ex-negociador de paz
das Farc, que estaria sofrendo de
problemas renais graves.
Com agências internacionais
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