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TERROR
Ações, supostamente de grupos islâmicos, aconteceram na mesma noite em que ao menos 98 morreram em aldeia
Ataques fazem mais 45 mortes na Argélia
das agências internacionais
Ataques contra civis na Argélia
fizeram mais 45 mortes, informou
ontem a imprensa do país. Os ataques ocorreram na madrugada de
sexta, no mesmo momento em
que pelo menos 98 pessoas eram
mortas na localidade de Sidi Rais.
Segundo o jornal "El Watan",
de Argel (a capital), 40 pessoas foram degoladas em Maalba, ao sul
da cidade.
Os outros cinco mortos daquela
noite eram todos da mesma família e moravam na capital. Também
foram degolados. Duas jovens da
família foram sequestradas.
Além disso, o jornal "Liberté"
diz que 256 pessoas morreram no
ataque a Sidi Rais. O número de
mortos daquela investida é controverso. O governo dá a cifra oficial de 98, mas algumas fontes falam em mais de 300.
A polícia de Sidi Rais deu um número distinto do governo: 90 mulheres, 30 bebês, 55 crianças e 55
homens mortos, em um total de
230 vítimas.
O Grupo Islâmico Armado,
principal foco da insurreição radical muçulmana contra o governo
laico do presidente Liamine Zeroual, lamentou o ataque e disse
não ter ligação com ele. O método
usado, porém, é semelhante ao de
outros ataques do GIA -ação de
grupos contra pequenas cidades,
com as vítimas sendo degoladas.
Sobreviventes do massacre relataram ontem que várias jovens foram sequestradas, supostamente
para depois serem estupradas pelos terroristas.
Como reação à nova onda de violência -iniciada com a anulação
de eleições vencidas pelos islâmicos, em 1992-, o primeiro-ministro do país, Ahmed Ouiahia, foi à
TV prometer medidas de segurança às comunidades rurais, principais alvos dos ataques. Ele adiou
uma entrevista coletiva que havia
sido convocada para hoje antes do
massacre.
Os jornais criticaram a falta de
ação do governo. "Discursos e
marchas não bastam", disse o
"Liberté" sobre a passeata contra
o terrorismo convocada no começo do mês, com apoio das autoridades. A guerra civil já matou mais
de 50 mil pessoas.
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