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São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2003

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RÚSSIA

Comando da Marinha descarta ameaça ambiental

Naufrágio de submarino nuclear no mar de Barents mata 9 pessoas

DA REDAÇÃO

Um antigo submarino nuclear russo, com dez pessoas a bordo, afundou ontem no mar de Barents, quando era rebocado para um estaleiro no norte da Rússia, onde seria desmontado. Apenas um dos tripulantes foi resgatado com vida -no fim do dia, o Ministério da Defesa russo confirmou a morte dos outros nove.
O casco do submarino K-159 se rompeu durante uma tempestade, causando o naufrágio a 5 km da ilha Kildin, perto de Polyarny, destino final da embarcação.
O ministro da Defesa, Sergei Ivanov, disse que o submarino "afundou com sua escotilha aberta". O ministro teria demitido o comandante da unidade de submarinos que inclui o K-159.
Construído no início dos anos 60, o K-159 entrara em operação em 1963 como um submarino nuclear com potencial para atacar navios inimigos com torpedos nucleares e convencionais.
Segundo o Ministério da Defesa, os dois reatores nucleares do K-159 haviam sido desativados em 1989, o que descartaria a hipótese de um desastre ecológico. "As armas do submarino haviam sido removidas", disse Igor Dygalo, porta-voz da Marinha.
Entretanto, a ausência de perigo foi contestada pela Fundação Bellona, grupo ambientalista norueguês que estuda o arsenal nuclear russo. "Os riscos são muito altos", declarou Alexander Nikitin, ex-capitão da Marinha russa que trabalha para o grupo. Segundo ele, o combustível de urânio colocado no reator nos anos 60 tem alto teor radioativo e pode vazar.
Ainda ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a abertura de uma investigação sobre o naufrágio.
O naufrágio do K-159 acontece três anos depois do naufrágio do Kursk, que abalou a imagem da governo russo. O submarino nuclear afundou em agosto de 2000 no mesmo mar de Barents, matando os 118 homens a bordo.


Com agências internacionais


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