DA REDAÇÃO

A moçambicana Teresa Heinz Kerry, 65, não tem paciência para fingir ser uma pessoa dócil e obediente. A segunda mulher do candidato democrata John Kerry tem um caráter forte e parece que não trocará de personalidade caso se torne primeira-dama.
Ela foi casada durante 25 anos com o senador republicano John Heinz, com quem teve três filhos. John morreu em 91, e Teresa herdou o império de alimentação Heinz e uma das maiores organizações filantrópicas dos EUA. Seu patrimônio é calculado em US$ 1 bilhão.
Altamente instruída, fala cinco línguas, estudou literatura na África do Sul e se formou como intérprete pela Universidade de Genebra. Trabalhou na ONU e após a morte do marido assumiu a presidência das empresas. Criou um instituto que discute os direitos das mulheres e foi premiada por trabalhos de proteção ao ambiente.
Foi justamente o engajamento ecológico que a aproximou de Kerry. Os dois já tinham sido apresentados, mas durante a Eco-92 -o encontro ecológico mundial realizado no Rio de Janeiro- começaram a se interessar um pelo outro. Casaram-se em 1995.
O estilo marcante de Teresa já causou incidentes à campanha presidencial, da qual ela participa ativamente. Em julho último, durante uma coletiva de jornalistas, mandou um repórter "enfiar a pergunta...". Segundo John Kerry, Teresa "fala o que pensa".
O democrata tem duas filhas do primeiro casamento, Alexandra, 31, e Vanessa, 27. A mais velha é diretora de cinema e produz um documentário sobre a campanha do pai. Vanessa é estudante de medicina e pretende trabalhar com doenças contagiosas em um país pobre. O engajamento parece ter sido ensinado por Kerry. Quando eram adolescentes, foram ao Vietnã para que entendessem melhor o mundo e vissem pelo que ele passou.

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