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Alerta sobre novo tsunami provoca pânico
DA REDAÇÃO
Alerta lançado pelo Ministério do Interior indiano sobre a
chegada de um novo tsunami
ontem pela manhã causou pânico nas costas da Índia e do Sri
Lanka. Horas depois, porém, as
autoridades desmentiram o
aviso.
O alerta foi feito após o Departamento Meteorológico indiano ter identificado dois terremotos de 5.2 pontos na escala
Richter, em Nicobar, na costa
leste do país, aumentando o nível das águas.
Um terremoto submarino de
5.7 pontos na escala Richter foi
detectado ainda no nordeste de
Sumatra, na Indonésia, pelo
observatório de Hong Kong.
Mianmar e Tailândia também
registraram tremores.
A reação oficial evidencia a
sensibilidade do governo indiano às críticas de que deveriam ter alertado as populações
costeiras sobre a chegada do
tsunami, que em alguns casos
levou de duas a três horas, após
o terremoto, para aparecer. Segundo o alerta de ontem, o tsunami atingiria a costa dentro de
uma hora.
Na Índia, centenas de residentes de áreas costeiras deixaram suas casas após receber o
alerta. "Subimos no caminhão
e partimos, sem saber para onde ir. Levamos apenas algumas
roupas e deixamos todos nossos pertences para trás", disse
Gandhimathi, de um vilarejo
no Estado de Tamil Nadu a um
quilômetro da praia.
No Sri Lanka, autoridades recomendaram à população que
ficasse vigilante, mas não entrasse em pânico, enquanto residentes da costa subiam nos
telhados ou fugiam para o interior. "A confusão é total", disse
Rohan Bandara, de Tangalle.
Sirenes de alerta de tsunamis
soaram no sul da Tailândia,
mas poucos reagiram.
"[Novos abalos] Provavelmente terão impacto pequeno", disse Jason Ali, da Universidade de Hong Kong.
O ministro de Ciência e Tecnologia da Índia, Kapil Sibal,
culpou o grupo de pesquisa
Terra Research, dos EUA, por
enviar informações incorretas
sobre terremotos na região.
"Eles afirmaram ter sensores
e equipamentos segundo os
quais havia a possibilidade de
um terremoto. Com base nessa
informação, qualquer conclusão de que um tsunami poderia
atingir a costa leste da Índia
não é científica e deve ser descartada", disse.
Vulcão
Dois dias após o maremoto, o
último vulcão ativo na Índia,
no arquipélago de Adaman,
entrou em erupção na terça-feira, informou ontem o governo indiano.
As pessoas que moravam
dentro de um raio de 500 metros do vulcão, na ilha de Barren, tiveram de abandonar suas
casas. Segundo a polícia local, a
erupção não deixou vítimas.
Com agências internacionais e "The
New York Times"
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