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feiras
Lojistas de vestuário vão às compras com cautela
Na Fenim, em Gramado, aquisições para o inverno são até 50% menores
MARIANA IWAKURA
ENVIADA ESPECIAL A GRAMADO (RS)
Com cautela redobrada e escaldados pelo movimento abaixo do esperado no fim do ano
passado, lojistas que compareceram à Fenim (Feira Nacional
da Indústria da Moda Outono/
Inverno), que aconteceu em
Gramado (RS) na semana passada, buscaram abastecimento
de produtos para a estação fria.
"Estou comprando menos
porque sobrou [produto] no
ano passado", diz Nadir Mainardi, proprietária de duas lojas em Sobradinho (RS). Segundo a empresária, contribuíram
para a redução nas vendas o calor no inverno e a menor procura nos últimos meses de 2008.
Efeito semelhante foi sentido por Davisson Schincariol Ailes e Valéria Galvão, que têm
uma loja de roupas para adultos
e crianças em Porto Feliz (SP).
"Mesmo quem tem emprego
está preocupado com a possibilidade de perder a vaga e segura
a compra", diz Ailes, que planejava uma compra 20% menor
nesta edição da feira.
Na butique feminina de
Adriana Berto Hoepers, de
Joinville (SC), no fim do ano,
"só comprou quem tem bastante dinheiro para torrar". Por isso, Hoepers quer adquirir 50%
menos produtos agora. "Vou
segurar ao máximo", pontua.
Na hora de fechar a compra,
os empresários reclamam das
exigências dos fornecedores.
"Procuro jaquetas diferenciadas, mas vendem no mínimo
12", aponta Roseli Bobato Rouver, dona de butique em Imbituva (PR).
Já Maicon Dias da Silva, dono de cinco lojas de roupas em
Passo Fundo (RS), investe no
volume grande para obter preços mais baixos. "À vista, conseguimos até 25% de desconto. A
prazo, temos 15%", compara.
Otimismo
Do outro lado do balcão, contudo, os fabricantes fazem coro
ao afirmar que a tempestade
está passando longe -alguns
não querem mencionar a palavra "crise" perto dos clientes.
"Nossos resultados estão distantes dessa situação macroeconômica", ressalta Marcos Ribeiro Gomes, diretor de marketing da Hering, que disse prever
vendas de 10% a 20% maiores
do que as da Fenim de 2008.
Na Friolã, o volume de vendas das malhas está cerca de
15% maior do que o do ano passado, segundo a estilista da
marca, Rafaela Tomazzoni.
A alta do dólar é tida como
vantagem. "O importado chega
a preço igual ao nosso ou mais
caro", afirma Cláudio Fazzolin,
diretor da Fazzolin, fabricante
de costumes masculinos.
A jornalista viajou a convite da organização do
evento
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