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ÁGUA
Atenção a pequenos vazamentos e reciclagem trazem economias de até 40% na captação
Descuidos levam os ganhos pelo ralo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Está certo que o Brasil possui
mais de 8% de toda a água potável
do mundo, mas, se você quiser
testar isso na sua empresa deixando as torneiras abertas, os canos
vazando e os vasos sanitários desregulados, com certeza vai mandar muito dinheiro para o ralo.
"Aprendi na escola que a água
era um recurso inesgotável", lembra o vice-presidente de finanças
do BankBoston, Alex Zornig. Hoje, esqueceu a má lição e mandou
instalar sensores nas torneiras
dos banheiros e um sistema de reciclagem nas unidades de São
Paulo. Cerca de 40% da água consumida é reutilizada para atender
aos banheiros e regar o jardim.
Mas não é preciso figurar entre
os maiores bancos do mundo para aplicar um programa de redução de custos eficiente. O dono do
restaurante Arabesco (no bairro
de Perdizes, zona oeste de São
Paulo), Carlos Isaac, conseguiu
adotar medidas simples e eficazes.
Antes de tudo, reduziu a frequência com que lavava a calçada:
de quatro para uma vez por semana. Depois, diminuiu o estoque
para evitar que as comidas estragassem -passou a comprar alimentos com maior frequência e
em menores quantidades. "Calculamos tudo com o computador
e compramos só o necessário."
As indústrias não ficam para
trás quando o assunto é poupar
água. Na farmacêutica Glaxo-
SmithKline, o gerente da área ambiental, Alexandre Barros, conta
que o grande vilão das despesas
era o ar-condicionado.
Nas áreas críticas de produção,
a indústria precisa manter os aparelhos ligados o dia inteiro. Para
economizar mesmo assim, a solução foi elevar em um grau Celsius
a temperatura de refrigeração. Somada à adequação de lâmpadas, à
detecção de vazamentos e à reciclagem da água usada nos ares-condicionados, a medida trouxe
35% de redução no consumo de
energia elétrica e 40% no de água.
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