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São Paulo, domingo, 02 de fevereiro de 2003


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PATRIMÔNIO/FUNCIONÁRIOS

Mau uso de espaços, máquinas e tecnologias é desperdício "oculto"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Colocar um gênio da informática para servir cafezinho, encher a sala de reuniões com computadores velhos e móveis quebrados, fazer a contabilidade de toda a empresa na ponta do lápis, sem a ajuda de calculadora ou de planilhas de cálculo. Não é difícil achar essas situações absurdas, mas, salvo exageros, elas acontecem diariamente, de forma camuflada.
A primeira receita para evitar os desperdícios de talentos, de espaços e de tecnologias é conhecer o funcionamento de sua empresa e ficar atento para os abusos.
Seguindo esse mandamento, a construtora MRV Engenharia implantou, há dois anos, um programa de corte de gastos supérfluos que já poupou R$ 6 milhões. A receita do sucesso, segundo o diretor José Adib Simão, é "esmiuçar tudo e criar uma cultura de redução de custos".
Essa cultura tem de vir de cima, alerta Alexander Willy, da Willy Innovation Consultancy. "É comum o presidente da firma ter um computador muito mais poderoso do que o analista, por exemplo, quando deveria ter o modelo mais simples, pois praticamente só usará o e-mail."
Quando bem empregada, contudo, a tecnologia é uma aliada essencial. Exemplo é a fabricante de vidros blindados para carros Gepco, que reduziu as perdas de matéria-prima em 30% ao automatizar o processo de corte dos vidros.
Na questão de planejamento predial e otimização de espaços, o arquiteto Edo Rocha enfatiza o conceito de "prédio inteligente". Segundo ele, há empresas que usam mais espaço do que o necessário, elevando em até 50% os gastos com manutenção.



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