São Paulo, domingo, 02 de junho de 2002


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FRANCHISING

Amadurecimento do setor faz com que marcas reavaliem conceitos e adaptem formatos

Concorrência reduz preço de franquia

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O mercado de franchising acena com possibilidades acessíveis de investimento. A concorrência fez com que fossem definidas taxas e gastos mais realistas e novos formatos de loja fossem adotados, o que barateou as franquias.
Marcelo Cherto, 48, presidente do Instituto Franchising, acredita que também houve um amadurecimento do setor. "É preciso crescer rápido e com os custos baixos. Antes, muitas taxas de franquia eram estabelecidas em um patamar incompatível com a nossa realidade. O franqueado hoje questiona esses números", diz.
Segundo Gyorgy Galfi, 70, consultor da Academia Agir, especializada em gestão, os franqueadores têm se organizado melhor.
"Eles aumentam a eficácia dos processos de implantação e suporte, o que acarreta a diminuição dos custos de todos, inclusive dos franqueados", afirma.
O Dunkin" Donuts, por exemplo, reduziu o investimento inicial com equipamentos em cerca de 20%, graças à nacionalização das máquinas, e "congelou" a taxa de franquia. Antes em dólares (US$ 21 mil), passou a ser cobrada em reais (R$ 21 mil) há quatro anos.
"Percebemos que dava para manter esse valor sem atrelar o custo de implantação a uma moeda estrangeira", conta Rogério Feijó, 34, coordenador de vendas e implantação da marca.
A nacionalização também ajudou o Bob's a diminuir os gastos do franqueado. "Poucos dos nossos equipamentos, hoje, são importados", afirma Flavio Maia, 47, diretor de franquias do grupo. O investimento em aparelhagem caiu 35% nos últimos dois anos.
Uma adequação de valores à realidade do mercado também é a tese de Ana Vecchi, 39, sócia da consultoria Vecchi & Ancona.
Ela acredita ainda na ampliação do conceito de concorrência. "Os franqueadores não concorrem só com marcas que atuam no mesmo setor, mas com todas aquelas com investimento inicial similar."

Pacotes
Um conceito que tem ganho espaço é o de "store-in-store", ou seja, o de uma franquia "dentro" da outra. Alguns franqueadores têm estabelecido parcerias que constituem preços diferenciados para quem adquire o pacote.
Essa proposta seduziu Kênia Teixeira, 37, que, há cerca de um mês e meio, abriu três negócios em uma mesma loja: Casa do Pão de Queijo (alimentação), 100% Video (locadora) e livraria Nobel.
"Um alavanca o outro. Otimizei gastos nas obras, nos móveis e na operacionalização." (EV)


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