São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004


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Parceiro deve ter controle de qualidade

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A opção por terceirizar uma atividade deve passar por análise muito mais ampla que a eventual e tentadora redução de custos. "Antes de mais nada, é preciso avaliar o que será terceirizado", diz Tales Andreassi, professor da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).
Consumada a transferência de tarefas, é preciso fixar uma forma de controle de qualidade daquilo que ficou a cargo da parceira. Os riscos de interrupção de processos destacam-se no setor industrial, acredita Marcelo Treff, 34, professor da Unicid (Universidade Cidade de São Paulo).
"Quem presta serviços para indústrias, em geral, demora para evoluir, paga mal e tem mão-de-obra pouco qualificada em siderurgia, metalurgia e química."
Andreassi recomenda não entregar a terceiros tarefas estratégicas. "Um restaurante que terceiriza os serviços de limpeza não tem grandes problemas com a rotatividade. Já com os garçons a história é outra. Trocá-los todo mês inviabiliza a operação. Mantê-los por longos períodos configura vínculo trabalhista", diz.
Vander Morales, da Asserttem, enfatiza que "só é vantagem terceirizar com parceiros que vão executar a atividade melhor do que a própria empresa fazia".
Para Decio Zylbersztajn, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (Universidade de São Paulo), a dica são as revisões periódicas. "O que é bom agora pode ser ruim em outro período."


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