São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002


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Franchising pode trazer menos riscos financeiros do que abrir filial, mas marca fica 'vulnerável'

Eleja o melhor sistema para crescer

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Além de evitar momentos de crise e de elaborar um plano consciente de crescimento, o empresário deve avaliar qual forma de expansão _filial, franquia ou ampliação do ponto atual_ casa melhor com o perfil do negócio.
Se a intenção é conquistar rapidamente o mercado e se a marca está consolidada, a melhor opção é montar uma rede de franquias.
Mas, antes de se tornar franqueador, o empresário deve estar ciente das responsabilidades que assumirá com seus franqueados.
Além disso, ele precisa avaliar sua capacidade de delegar as tarefas. "O bom relacionamento com os parceiros franqueados é fundamental para a marca ter sucesso", afirma o consultor René Werner.
Por isso Maria Carolina de Azevedo Ferreira de Souza, professora da Unicamp, diz que é melhor ir devagar, abrir uma franquia, consolidá-la e corrigir erros, para depois partir para outra.
Para a consultora Celina Kochen, o franchising não deve ser encarado só como sistema de expansão, mas como uma nova forma de administrar o negócio.
A farmácia de manipulação Almaderma, de Jundiaí (a 60 km de São Paulo), vai iniciar seu processo de expansão por franquias em setembro. "Foi a maneira mais rápida e barata que achamos para valorizar a marca", diz Marcelo Puppo, 34, diretor de franquias.
Ele conta que tiveram de buscar ajuda de uma consultoria para agir com mais segurança. "Vimos o quanto isso era complexo."
"O franchising apresenta menor risco financeiro, mas com ele é mais perigoso ter a marca malvista no mercado", diz Tales Andreassi, professor da Eaesp-FGV.

Matriz e filial
Abrir outra unidade própria exige maior reserva de capital, e todos os riscos são assumidos pelo proprietário. Os custos com organização e fiscalização devem ser contabilizados, diz Kochen.
Mas há a vantagem de possibilitar a flexibilização do negócio.
Antes de decidir, o empresário deve contrapor os custos de coordenação de lojas distantes e os que ele teria para comandar uma rede de franquias, que, segundo Souza, tendem a ser menores.



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