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São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003


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MARKETING

Marcas associadas a certificações de renome podem aumentar apelo sobre os consumidores

Selo traz diferencial à concorrência

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se você é um consumidor cuidadoso, do tipo que revira embalagens nas lojas e mercados à procura de informações sobre validade e composição dos produtos, certamente já notou a proliferação de selos de qualidade e de responsabilidade social exibidos "com orgulho" por marcas de alimentos e roupas, entre outros.
Atualmente, existe uma infinidade de selos oferecidos a empresas por institutos e associações. Eles podem atestar praticamente qualquer coisa: café puro, brinquedo seguro, alimento saudável, preservação da natureza, combate à mão-de-obra infantil.
Não só para as grandes empresas mas também para as micro e pequenas, conquistar uma distinção dessas é um grande negócio, defende Daniel Dedonis, coordenador do programa Empresa Amiga da Criança, da Fundação Abrinq. "Para quem não tem condições de fazer campanhas publicitárias, os selos são uma boa alternativa", recomenda.
A mecânica das certificações -especialmente as sociais- beneficia todas as partes envolvidas, avalia Regina Esteves, superintendente nacional do Alfabetização Solidária. O programa fornece o selo Empresa Solidária aos empreendedores que financiarem atividades de educação básica em pelo menos um município brasileiro. Para tanto, o gasto mínimo é de R$ 4.250 mensais. "Mas duas empresas pequenas podem se unir para dividir esse custo."

Consumo consciente
Pesquisa do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente mostra que 20% dos brasileiros prestigiam empresas socialmente responsáveis na hora das compras.
O número é considerado "animador" pelo instituto, principalmente porque 66% dos entrevistados responderam que não são, mas "gostariam de ser", consumidores conscientes.
O estudo foi realizado no final de 2002 com 750 moradores de nove regiões metropolitanas do país, além de Goiânia e Brasília.
"Em poucos anos, as empresas que não tiverem preocupação social vão estar fora do jogo", opina Celso Luchiari, diretor da Transportadora Americana, que possui o selo Empresa Amiga da Criança.
Segundo ele, o título -mantido desde 1998- também ajuda a estreitar o relacionamento com os clientes que têm ou desejam ter alguma atuação na área social.
Carlos Eduardo Reinhardt, diretor de compromisso social da empresa Microsiga, acrescenta que as atividades assistenciais animam os funcionários e melhoram o "clima" dentro da empresa.
A Microsiga adotou os municípios de Águas Belas (PE) e Lagoa de São Francisco (PI) pelo programa Alfabetização Solidária.
(RENATO ESSENFELDER)


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