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A JÓIA DA COROA
Fora das passarelas, lojistas aderem ao rock como tendência
Fenin traz as coleções que devem ir para as vitrinas
Divulgação
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Coleção apresentada na Fenin, realizada na semana passada
BÁRBARA CASTRO
ENVIADA ESPECIAL A GRAMADO (RS)
O rock em várias de suas fases e os desfiles da temporada
serviram de inspiração para
aquecer os negócios de diversas
empresas expositoras da Fenin
(Feira Nacional da Moda Inverno), que aconteceu na semana passada em Gramado (RS).
Para atrair clientes, houve
quem combinasse o estilo das
roupas com o ambiente "grunge", com direito a palco e bar.
Foi o caso da Monnari Jeans,
dirigida por Orlando Molinari.
"O maior termômetro do sucesso do estande são os lojistas.
Para que o sucesso seja garantido, em vez de trazer roupas "circenses", adaptamos as tendências à realidade", conta.
Os jeans da coleção trazem cores escuras e lavagens diversificadas. Foram utilizados ainda
muito couro, lycra e metais.
O público infantil é outro que
deve embarcar na onda do rock.
"Hoje em dia, as crianças querem ser tratadas como gente
grande", disse Germano Costa,
gerente de vendas da Malharia
Brandili. Neste ano, a empresa
apresentou aos seus clientes o
licenciamento da Tutti Cuti,
uma marca que, segundo ele, é
"sucesso garantido" e que já é
famosa nos EUA e na Europa.
Traduzindo-se em muito brilho, o estilo "glam rock" foi o
destaque feminino em La Rossi, Xica Bandida e Gata Bakana.
A cartela de cores de seus catálogos teve inspiração em decorações de castelos medievais.
Cintos largos, dourados e cravejados de pedrarias contornam os quadris dos manequins
e as meias-arrastão finalizam o
"look" sexy e descolado com
shorts, minissaias e botas que
atingem a altura do calcanhar.
Tempo de depuração
Se o rock fez sucesso entre os
lojistas, o mesmo não aconteceu com a tendência das passarelas trazida pelos expositores.
Polainas, saias-balonês e
meias-arrastão -bastante evidentes na última edição da
Fashion Rio-, por exemplo,
não estavam na lista de compras de José Carlos Pittol, dono
de uma rede de lojas no Sul.
"As pessoas procuram roupas que se adaptem a seu estilo.
São poucos os que seguem as
tendências de moda. Não me
guio por isso [pelas tendências]
para não ter prejuízo", diz.
O proprietário da Medi Tricot, Edson Perottoni, conta que
os clientes ainda são conservadores no momento da compra.
"Eles não são especializados
em tendências da moda, mas
em negócios. Compram o que
acham que vai ter mais saída. Se
um cliente leva dez peças mais
tradicionais, proporcionalmente, leva uma saia-balonê."
Para Maria Letícia Pavan, da
Maria Pavan, leva tempo até
que as tendências caiam no
gosto do público. "As pessoas
têm resistência à inovação. No
ano passado, todo mundo resistiu ao bolero, mas ele se tornou
um sucesso de vendas. Acho
que esse será o destino das polainas", afirma Pavan.
Como Perottoni, ela também
diz buscar inspiração para as
coleções que vende em tendências apresentadas no exterior.
A jornalista viajou a convite da Expovest
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